sábado, 17 de setembro de 2011

Fisioterapia em Terapia Intensiva

Conhecimento científico e empírico na saúde?

Vivemos em uma época onde a busca de explicação para os efeitos ou resultados na área da saúde se tornou quase que uma obsessão para validar ou refutar terapias.
A explicação de fenômenos é uma necessidade da raça humana, desde a sua origem no planeta, quando o foco de atenção se restringia ao meio ambiente para os fenômenos da natureza e sobrevivência.
Naquela época a captação de informações se limitava ao alcance natural dos sentidos fisiológicos, e talvez a primeira racionalização dos fenômenos ocorreu por comparação, através da observação da repetição destes fenômenos e das suas conseqüências no meio ambiente. Ex. ciclo entre o dia e a noite, épocas de calor e frio, sol e chuva, trovões, relâmpagos, estiagem...
Na transição para a nossa época conseguimos entender muitas questões que, por sua vez, possibilitaram o domínio e a manipulação de elementos e materiais da natureza. Este domínio levou à criação de ferramentas que nos permitiram ampliar a exploração de outros mundos, como por exemplo: o microscópico (a química e a microbiologia) e o mundo além do nosso planeta.
Após milhares de anos não mudamos muito, continuamos pela busca incessante pela resposta a tudo que nos cerca, seja nos planos físico, psíquico, metafísico, filosófico, religioso...
Entretanto, atualmente a busca pela resposta concreta prevalece às demais, a necessidade humana da comprovação por meio de ferramentas do conhecimento científico concreto está conduzindo a uma hierarquia de informações e valores, independente da área a ser investigada.
O risco que corremos com isso é a desvalorização ou mesmo afastamento de conhecimentos adquiridos pela vivência ao longo de anos e anos de observações.
Eu vejo a acupuntura como um exemplo muito interessante neste caso. Ela existe há quase 5 mil anos e tem os seus efeitos comprovados pela observação até os dias atuais. Mesmo com todo o desenvolvimento que atingimos, ainda não podemos comprovar a sua teoria, a dos meridianos de energia, entretanto, ao longo da sua existência, há milhares de anos, uma infinidade de pessoas puderam constatar os seus efeitos e benefícios.
Eu não questiono a importância da busca de explicações científicas para tudo que está ao alcance do homem. Para mim está claro que só chegamos ao nível desenvolvimento tecnológico e científico atual por causa desta necessidade humana, e os seus benefícios podem ser vistos em praticamente todas as áreas de "interesse" da humanidade (ver no final do texto minha justificativa para as aspas no termo interesse).
Agora eu pergunto:
1) Será que o conhecimento dito não científico foi o principal recurso ou mesmo o único responsável pela nossa sobrevivência e desenvolvimento neste planeta, desde a nossa origem, superando eras hostis enquanto que muitos seres mais fortes foram extintos?
2) Será que somos capazes de responder, à luz da ciência, a todos os nossos questionamentos e necessidades atuais?
3) É correto deixarmos de lado todo conhecimento e informação que ainda não conseguimos explicar cientificamente?
Mesmo na saúde, área onde o conhecimento científico mundial impera, ainda não conseguimos responder a tudo com extrema clareza. O grande exemplo que retomo é o da acupuntura, citado acima.
Recentemente foi publicado um artigo científico que aponta para a inefetividade da acupuntura para o alívio da dor. Eu confesso que não li o material, mas ouvi de alguns colegas que o argumento do trabalho direcionava para o feito placebo da terapia.
Mesmo sem ver o material, tranqüilamente me arrisco a dizer, que, não descarto a eficácia desta terapia para este propósito e me baseio nos milhares de anos da sua existência e da forma padronizada e séria com que ela sempre foi realizada e os seus resultados colhidos, desde a sua origem até a data atual.
Para mim o efeito placebo que este artigo científico afirma em relação à acupuntura cai por terra, quando analisamos um número inestimável e que é absolutamente gigante de pessoas, ao longo de quase 5 mil anos, que responderam e continuam respondendo terapeuticamente de maneira bastante semelhante a este tipo de tratamento.
Senhores leitores, esta é a minha visão atual sobre o assunto, mas não se trata de uma opinião definitiva. Este tema, conhecimento científico e empírico na área de saúde, me desperta grande interesse e estou aberto à discussão.
"Destaquei acima o termo interesse, porque nem sempre a utilização do conhecimento científico humano foi e é empregada em benefício global da humanidade e do meio ambiente. Alguns exemplos são os interesses de algumas nações para o domínio de outras (guerras para ocupação territorial e colonialismo econômico e finaceiro), o desmatamento de florestas e animais para construção de habitações e infraestruturas humanas e a poluição ambiental."

Gráficos em VM. Modos Ventilatórios (Ventilação Mandatória Intermitente Sincronizada - VMIS).

VMIS ou SIMV originou-se da VMI sem o Sincronismo. Este modo intercala ciclos mandatórios com respiração espontânea.

O ciclo mandatório pode ser limitado a VOLUME ou PRESSÃO e a inspiração espontânea pode receber auxilio de uma pressão positiva na forma de Pressão de Suporte Ventilatório (PSV). O sincronismo permite que o início do ciclo mandatório aconteça concomitante ao início da inspiração espontânea. Uma pressão positiva ao final da expiração (PEEP) pode ser instituida.

Acompanhe os gráficos:



Nos dois traçados uma pressão positiva de base (PEEP) está presente.

No primeiro gráfico os ciclos espontâneos acontecem sem auxílio pressórico inspiratório e por haver uma PEEP a respiração espontânea é denominada de CPAP.

No gráfico abaixo uma Pressão de Suporte Ventilatório (PSV) está presente durante a inspiração na fase espontânea. Este suporte pressórico tem a finalidade de facilitar a entrada de volume corrente e reduzir o trabalho dos músculos inspiratórios.

A frequência da SIMV é estabecida no próprio respirador e junto com esta programação, janelas de tempo, que são intervalos onde a SIMV pode se iniciar, são abertas para que o começo do ciclo mandatório coincida com a contração da musculatura inspiratória do paciente - sincronismo.


Gráficos em VM. Modos Ventilatórios (Ventilação Controlada a Volume - modo assistido).

A ventilação assistida no modo mandatório VOLUMÉTRICO é bastante semelhante à controlada, algumas diferenças entre elas podem ser vistas no gráfico PRESSÃO/TEMPO.

No início da inspiração uma pequena deflexão pressórica pode ser vista na linha base deste gráfico, ela está relacionada ao esforço muscular inspiratório do paciente que aciona a sensibilidade do aparelho e dispara uma inspiração mandatória.

Neste caso, toda inspiração iniciada por meio da sensibilidade do respirador é chamada de ASSISTIDA.

Ainda na curva PRESSÃO/TEMPO outras mudanças também ocorrem, tanto no formato da curva quanto no seu valor máximo de pressão, quando comparamos o modo controlado com o assistido.



O primeiro traçado mostra um esforço intenso do paciente ao disparar o respirador - deflexão pressórica acentuada. Notem que a trajetória da curva tende ao aplainamento e o pico de pressão é inferior ao segundo traçado.

O disparo seguinte do paciente foi com esforço basal - pequena deflexão pressórica. A curva pressórica assumiu um formato mais verticalizado e a pressão máxima atingiu valor maior que a anterior.

Os gráficos VOLUME/TEMPO e FLUXO/TEMPO não apresentam diferenças nos traçados e nos valores máximos para a ventilação mandatória VOLUMÉTRICA, seja ela assistida ou controlada.

Compare os gráficos desta postagem com os da postagem anterior - ventilação volumétrica controlada.


Gráficos em VM. Modos Ventilatórios (Ventilação Controlada a Volume - modo assistido).

A ventilação assistida no modo mandatório VOLUMÉTRICO é bastante semelhante à controlada, algumas diferenças entre elas podem ser vistas no gráfico PRESSÃO/TEMPO.

No início da inspiração uma pequena deflexão pressórica pode ser vista na linha base deste gráfico, ela está relacionada ao esforço muscular inspiratório do paciente que aciona a sensibilidade do aparelho e dispara uma inspiração mandatória.

Neste caso, toda inspiração iniciada por meio da sensibilidade do respirador é chamada de ASSISTIDA.

Ainda na curva PRESSÃO/TEMPO outras mudanças também ocorrem, tanto no formato da curva quanto no seu valor máximo de pressão, quando comparamos o modo controlado com o assistido.



O primeiro traçado mostra um esforço intenso do paciente ao disparar o respirador - deflexão pressórica acentuada. Notem que a trajetória da curva tende ao aplainamento e o pico de pressão é inferior ao segundo traçado.

O disparo seguinte do paciente foi com esforço basal - pequena deflexão pressórica. A curva pressórica assumiu um formato mais verticalizado e a pressão máxima atingiu valor maior que a anterior.

Os gráficos VOLUME/TEMPO e FLUXO/TEMPO não apresentam diferenças nos traçados e nos valores máximos para a ventilação mandatória VOLUMÉTRICA, seja ela assistida ou controlada.

Compare os gráficos desta postagem com os da postagem anterior - ventilação volumétrica controlada.


Gráficos em VM. Modos Ventilatórios (Ventilação Controlada a Volume - modo assistido).

A ventilação assistida no modo mandatório VOLUMÉTRICO é bastante semelhante à controlada, algumas diferenças entre elas podem ser vistas no gráfico PRESSÃO/TEMPO.

No início da inspiração uma pequena deflexão pressórica pode ser vista na linha base deste gráfico, ela está relacionada ao esforço muscular inspiratório do paciente que aciona a sensibilidade do aparelho e dispara uma inspiração mandatória.

Neste caso, toda inspiração iniciada por meio da sensibilidade do respirador é chamada de ASSISTIDA.

Ainda na curva PRESSÃO/TEMPO outras mudanças também ocorrem, tanto no formato da curva quanto no seu valor máximo de pressão, quando comparamos o modo controlado com o assistido.



O primeiro traçado mostra um esforço intenso do paciente ao disparar o respirador - deflexão pressórica acentuada. Notem que a trajetória da curva tende ao aplainamento e o pico de pressão é inferior ao segundo traçado.

O disparo seguinte do paciente foi com esforço basal - pequena deflexão pressórica. A curva pressórica assumiu um formato mais verticalizado e a pressão máxima atingiu valor maior que a anterior.

Os gráficos VOLUME/TEMPO e FLUXO/TEMPO não apresentam diferenças nos traçados e nos valores máximos para a ventilação mandatória VOLUMÉTRICA, seja ela assistida ou controlada.

Compare os gráficos desta postagem com os da postagem anterior - ventilação volumétrica controlada.


Gráficos em VM. Modos Ventilatórios (Ventilação Controlada a Volume - modo controlado).

A Ventilação Controlada a Volume (VCV) pode ser assistida, quando o paciente por intermédio do esforço inspiratório atinge um limiar pré-estabelecido da sensibilidade do respirador, dando início a inspiração.
Ela também pode ser controlada, quando o início da inspiração acontece automaticamente pelo critério de tempo estabelecido na programação da frequência respiratória (FR) do respirador.

Nesta postagem comentarei de forma resumida a modalidade controlada da ventilação volumétrica (VCV/c), este tema e os demais que virão a seguir já foram expostos anteriormente, porém com enfoque operacional, porém, para atender os pedidos de alguns leitores, reapresentarei este assunto enfatizando a interpretação gráfica dos modos ventilatórios mais comuns.

A seguir mostrarei os gráficos FLUXO X TEMPO, VOLUME X TEMPO e PRESSÃO X TEMPO para o modo VCV/c.

Utilizei valores hipotéticos para facilitar o entendimento.

Ao iniciar a inspiração o respirador libera um fluxo gasoso constante, o traçado é em formato quadrado. O fluxo instantaneamente atinge o nível programado de 30 L/min e o sustenta por um determinado período de tempo, este período é calculado pela CPU do respirador: Tempo inspiratório = VC / Fluxo inspiratório. Neste exemplo o Ti é de 1,5 segundos.

Ao atingir o tempo inspiratório o fluxo cessa e a expiração se inicia. O transdutor registra o fluxo expiratório no lado negativo (inferior) do gráfico.

Este fluxo também atinge seu valor máximo imediatamente e depois continua mais lentamente até o nível zero do gráfico.

A próxima inspiração só começa após um determinado tempo ser atingido. No exemplo de uma FR = 15 cpm, o tempo decorrido entre cada disparo é de 4 segundos. O cálculo é feito também pela CPU: 1 minuto = 60 segundos, então, 60 segundos / 15 cpm = 4 segundos. Veja abaixo.



Os respiradores microprocessados realizam matematicamente a integração do fluxo x tempo para determinar o traçado do volume x tempo.

Com o fluxo constante, linear ou quadrado, o volume liberado acompanha um traçado linear e ao atingir o valor limite, 750 ml neste exemplo, a válvula expiratória se abre e a expiração começa.

Neste momento, o volume começa a cair até a linha base, valor zero do gráfico. A próxima inspiração começa quando o tempo de disparo é atingido. Veja abaixo.



A curva pressão x tempo é construída, logo no seu início, pelo atrito gasoso provocado nas paredes das vias aéreas durante a passagem das moléculas gasosas, denominado de pressão resistiva (Praw). Praw = fluxo x Raw (resistência das vias aéreas).

Quando o gás atinge o parênquima pulmonar ele promove a distensão dos alvéolos e outro gradiente pressórico surge, a pressão elástica (Pel). Pel = VC / Csr (complacência do sistema respiratório).

O somatório dos dois gradientes pressóricos determina a pressão inspiratória máxima ou de pico. Neste exemplo ela é de 20 cm H20.

Após o término do tempo inspiratório, a válvula espiratória se abre a a pressão atinge rapidamente a linha base, valor zero ou PEEP. Veja abaixo.




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