domingo, 6 de julho de 2014

Biomecânica da Marcha

A locomoção bípede, ou marcha, é uma tarefa funcional que exige interações complexas e coordenação entre muitas das principais juntas do corpo, particularmente da extremidade inferior.

O movimento ao redor da junta do quadril durante a marcha ocorre em todos os três planos: flexão-extensão. adução-abdução e rotação interna-externa. A flexão-extensão é o movimento primário que acontece em torno da junta do joelho durante a marcha, embora os movimentos valgo-varo e rotacionais estejam presentes em menor extensão.

Por causa de sua morfologia óssea, a junta talocrural sustenta apenas flexão plantar e dorsiflexão durante a marcha. O movimento subtalarmesotarsal e falângico auxilia ainda mais no fornecimento da adaptação à superfície de sustentação, bem como na rigidez para a propulsão.

A parte superior do corpo, incluindo a pelve e o tronco, sofrem deslocamentos senoidais em todos os três planos cardeais. O tronco e a pelve rodam em direções opostas, enquanto a cabeça geralmente permanece estável. A oscilação dos braços envolve a rotação e flexão-extensão do ombro, flexão-extensão do cotovelo e pronação-supinação do antebraço.

O ciclo da marcha, ou passada, é definido como a ocorrência de um evento em um membro inferior até a próxima ocorrência do mesmo evento no mesmo membro inferior. É mais tipicamente demarcado pelo contato inicial ipsilateral sequenciado. A fase de apoio ocupa 60% da passada e é dividida em seis eventos ou períodos: contato inicial, resposta de carga, fase média do apoio, fase terminal do apoio, pré-oscilação e dedos-fora. A fase de oscilação ocupa 40% da passada e é dividida em períodos: oscilação inicial, oscilação média e oscilação terminal.

Os momentos da junta internos indicam o momento global da força gerada pelos músculos, ossos e tecidos moles passivos, que se contrapõem à tendência para a rotação da junta provocada pela gravidade.

A força da junta é o produto da velocidade angular da junta e o correspondente momento interno em um determinado ponto no tempo. Ela indica a geração ou absorção da energia mecânica pelos grupos musculares e por outros tecidos moles.

coativação de grupamentos musculares agonistas-antagonistas geralmente acontece durante os períodos de transição cinemática, quando uma junta pode estar intervendo a direção da rotação.

As limitações de movimento ou os distúrbios do controle motor que afetam um dos segmentos do membro inferior alterarão potencialmente os padrões de movimento e o controle motor em todas as outras juntas durante a marcha.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

R.P.G na Escoliose.

R.P.G. REEDUCAÇÃO POSTURAL GLOBAL

R.P.G. (Reeducação Postural Global) É uma técnica, de origem francesa, muito usada para correções posturais: escoliose, hipercifose, gibosidade (corcunda ), hiperlordose, etc.
Os desvios posturais causam inúmeros problemas, dos quais o paciente nem pensa que a causa seja o desvio postural.
Posso citar, como exemplo, a barriga saliente, o paciente é "barrigudo", tenta inúmeros tratamentos para obesidade, faz abdominais incansáveis nas academias de ginástica, mas não consegue resultado algum.
O problema está na curvatura chamada hiperlordose.Esta curvatura, que ocorre na coluna lombar, faz com que a barriga seja projetada para a frente, que causa mais peso na coluna, formando um círculo vicioso de dor e efeito anti estético.
Este desvio da coluna é muito mais comum do que se possa imaginar, acometendo uma grande parcela da população.
Outro exemplo de como a postura da coluna é importante, é o caso de hérnia de disco causada por escoliose. Se deseja saber mais sobre hérnia de disco visite minha outr página (HÉRNIA DE DISCO).
Felizmente a R.P.G. (Reeducação Postural Global) oferece resultado para estes e outros problemas posturais, sem sofrimento.
É um tratamento agradável, sem uso de medicamentos. Apenas com manipulações sobre a coluna, pernas e braços do paciente.
Os direitos autorais sobre a hp rpg, reedução postural, correção postural são reservados ao Dr. Gilberto Agostinho.

R.P.G. E A MECÂNICA DA NOSSA COLUNA VERTEBRAL

A coluna vertebral, do ponto de vista mecânico é um verdadeiro milagre.
São 33 vértebras (7 cervicais + 12 torácicas + 5 lombares + 5 sacrais e 4 no cóccix), uma sobre a outra, tendo que manter o próprio equilíbrio e ainda sustentar o peso da metade superior do corpo mais pesos extras. E se não bastasse isso, ainda consegue dar movimento ao conjunto, como se abaixar, virar ao lado, etc. isto tudo por muitos anos.
Por isso ela (a coluna) merece uma manutenção, afinal dependemos do seu bom funcionamento.
Por incrível que possa parecer a posição ereta do ser humano ainda não esta totalmente desenvolvida. O fato de andarmos no modo bípede favorece o aparecimento de problemas na coluna.
De acordo com a concepção darwiniana, que nos ensina sobre a seleção natural das espécies, os macacos foram aos poucos desenvolvendo mais os membros inferiores e nos membros superiores desenvolveram mais a destresa no manuseio de alimentos.
Como o aparecimento do homem ainda é recente, se comparado com a idade de nosso planeta, não houve tempo hábil para que a coluna se desenvolvesse de acordo para suportar toda sua carga de trabalho.
Por esse motivo é tão comum problemas na coluna na sua grande maioria posturais.
A partir do momento que conhecemos melhor nossa coluna, dando a devida atenção e manutenção, não exigindo mais do que ela nos pode dar, poderemos viver sem dores com uma coluna saudável.
Na figura 1 podemos observar o perfil de uma coluna boa. A curvatura lombar é fisiológica (natural) devido o citado acima: o ser humano ser bípede. Esta curvatura é chamada de lordose e na região torácica ocorre outra curvatura, chamada de cifose. Esta é decorrente da lordose.
Enquanto estas duas curvaturas não estão acentuada a pessoa esta muito bem. Os problemas ocorrem quando inicia o aumento destas curvaturas.
Observe agora a figura 2, onde a pessoa está com acentuadas curvaturas, tanto lombar como torácica.
Os direitos autorais sobre a hp rpg, reedução postural, correção postural são reservados ao Dr. Gilberto Agostinho.
Agora as curvaturas passam a ser chamadas de hiperlordose (lombar) e hipercifose(torácica). Observe que até o abdomem fica mais aparente, seguindo a curvatura da coluna. É muito comum pessoas nem serem obesas e terem uma barriga muito grande, nem imaginam mas o problema esta na sua coluna.
Os fatores que fazem o aumento da lordose são váriados, mas um dos mais importantes é um músculo chamado iliopsoas (na realidade são dois músculos: o ilíaco e o psoas maior) que é fixado no trocanter menor (uma região do osso femur, da coxa) e nas cinco vértebras lombares), trata-se de um músculo muito forte que tem a função de flexionar a nossa coxa, com indiscutível utilidade no nosso caminhar, porém o seu encurtamento traciona a coluna nas figuras 3 e 4 são vistas de frente, pode-se observar onde se localizam suas fixações.
Veja agora, na figura 5, a resultante da força de tração causada pelo músculo iliopsoas e entenda por que ele músculo causa tanto estrago na coluna quando está encurtado. A força exercida é em direção para a frente, causando a hiperlordose.
Este é um dos motivos que sempre recomendo aos pacientes que só durmam na posição de lado. Como na figura 6, pois quando se deita de barriga para cima o citado músculo continuará puxando a coluna para cima, como quando se está em pé. E quando de deita de barriga para baixo também estará se forçando a coluna.

R.P.G. (Reeducação Postural Global)

A R.P.G. (Reeducação Postural Global) é uma técnica muito usada para correção de escoliose, hipercifose, gibosidade (corcunda) ou quaisquer desvios da coluna vertebral ou membros (pernas ou braços).
A técnica da rpg foi desenvolvida pelo Dr. Philippe E. Souchard na França, no início dos anos 70. Baseia-se na teoria do campo fechado. Esta teoria esclarece que o ser humano para conseguir permanecer em pé, correr e realizar a infinidade de movimentos diários, depende da harmonia das cadeias musculares, da dinâmica e cadeias musculares da estática , que com suas contrações e descontrações constantes e precisas permite-nos realizar uma infinidade de movimentos com equilíbrio e graça. Somente o fato de ficarmos em pé, já é algo maravilhoso.
Veja: façamos uma comparação do ser humano com uma caneta (comparação da relação altura / área ocupada no solo), imagine, agora, uma caneta fazendo todos os movimentos que realizamos. Pois bem, nós só conseguimos realizar todos os movimentos, graças ao trabalho constante de todos os músculos do nosso corpo, desde o mais poderoso até aqueles pequeninos músculos que se ligam de uma vértebra a outra.
Uma das grandes responsáveis por manter nossa postura em pé é a coluna vertebral.
Esta figura demonstra o que chamamos de cadeia muscular posterior. Apenas um encurtamento de músculos dela, pode acarretar p. ex. uma hiperlordose lombar, alterações no joelho, entre outras alterações.
Existem, evidentemente outras cadeias musculares com suas respectivas alterações posturais e dores relacionadas.
Os direitos autorais sobre a hp rpg, reedução postural, correção postural são reservados ao Dr. Gilberto Agostinho.
Observamos que quando um músculo é afetado, todos os outros músculos da mesma cadeia muscular também o serão. Por exemplo: se uma pessoa sofre um ferimento na panturrilha (músculos da "batata" da perna), começará a mancar e a desenvolver um desvio postural, devido a dor. Após algum tempo o ferimento não existe mais, porém o corpo acabou por assumir uma postura errada, criando retrações em músculos importantes na cadeia muscular posterior, estas retrações acarretaram outros problemas. Com o passar dos anos a pessoa nem se lembra mais do ferimento na panturrilha, e tem um problema em outra região do corpo, problema este, relacionado ao ferimento inicial. É nesta hora que entra a função do RPG: em primeiro lugar será feita uma avaliação completa da postura da pessoa, e serão analisadas as posições que mais lhe causem dor, aí chegaremos a uma conclusão do que está afetando aquela pessoa. Com certeza, para surpresa do paciente, aquela panturrilha será identificada como uma das causas da sua dor.
Nesta figura podemos ver duas pessoas: a pessoa da direita está com uma postura correta, demonstrando não sofrer de retração em nenhuma cadeia muscular, a sua região lombar tem a curva fisiológica(normal), a cabeça não está projetada para frente. Já a pessoa da esquerda demonstra uma hiperlordose (concavidade lombar muito acentuada e uma gibosidade (convexidade dorsal muito acentuada), e cabeça caida para frente. Isto não reflete apenas um problema estético, mas principalmente um desequilíbrio sério, causando transtornos para sua saúde.
Aproveito o momento para lembrar às mães, que não adianta ficar chamando a atenção dos filhos adolescentes, que estejam desenvolvendo um desvio postural ( p. ex: ESCOLIOSE), pois estes não têm como resolver o problema por si mesmo, apenas tentando corrigir a própria postura.

MÉTODO DO TRATAMENTO COM R.P.G.(Reeducação Postural Global)

O método de tratamento com rpg - Reeducação Postural Globa é totalmente isento de medicamentos e consiste de manipulações vertebrais e de membros, visando a liberação e alongamento total de músculos que com o passar dos anos ficaram encurtados causando os desvios posturais.
Estas manipulações são sincronizadas com respiração específica para cada caso. É solicitado ao paciente um determinado tipo de respiração, como p. ex.: respiração abdominal, respiração apical etc. Assim haverá um ajuste entre respiração e postura. Isto é necessário pois o principal músculo da respiração(músculo diafragma) tem uma grande importância em muitos desvios.
Desta forma a R.P.G. (Reeducação Postural Global) trata o paciente globalmente, ou seja, o corpo todo é tratado.

ESCOLIOSE

Para entender o que é escoliose, devemos saber que a coluna vertebral, vista por trás, deve ser "reta". Qualquer desvio para os lados pode configurar uma "escoliose". Mas, preste atenção. Um desvio lateral mínimo, causado, por exemplo, por maus hábitos posturais, deve ser caracterizado como uma atitude escoliótica.
Por outro lado, a escoliose é uma DOENÇA e deve ser tratada como tal. Antigamente, acreditava-se que a escoliose era somente um desvio lateral da coluna, chamada pelos leigos de "coluna torta". Atualmente, a definição correta é a de que a escoliose, doença, é um desvio tridimensional da coluna vertebral, ou seja, a coluna desvia-se nos três planos do espaço. Assim, a coluna realmente se torce, não somente para os lados, mas também para frente/trás e em volta de seu próprio eixo.

Resumindo, ATITUDES ESCOLIÓTICAS são desvios da coluna - em geral somente para os lados - que, com bastante freqüência, podem ser reduzidos totalmente, ou seja, testes de flexibilidade mostram que a coluna é flexível a ponto de retornar sua forma fisiológica. Têm causas que variam de um mau hábito postural a um desequilíbrio momentâneo de crescimento dos membros inferiores, por exemplo.

Por outro lado, ESCOLIOSES EVOLUTIVAS ESTRUTURAIS são aquelas que, em geral, vão evoluir, com alterações nos três planos do espaço e que devemos tentar brecar sua evolução o mais rápido possível. Testes de flexibilidade indicam que a coluna vertebral, neste caso, não pode mais ser reduzida à sua condição fisiológica.
Causa: Em cerca de 70% dos casos, nenhuma causa é encontrada e falamos, então, de escolioses idiopáticas. As escolioses idiopáticas acometem cerca de oito vezes mais as meninas que os meninos.

A freqüência de escolioses familiares é relatada por diversos autores, entre 30 e 80%, sendo 40% o índice mais freqüentemente citado. Atualmente, os especialistas convergem em direção a uma hereditariedade multifatorial, podendo associar retardo de maturação do sistema de equilibração e problemas metabólicos.

Existem algumas escolioses com causa definida, como, por exemplo, na paralisia cerebral, ou outras de fundo neurológico, bem como escolioses causadas por más-formações, poliomielite, distrofias musculares, síndromes específicas (Marfan, Rett, Ehlers-Danlos, etc.), tumores, etc.

Ela pode aparecer em qualquer idade, mas uma coisa é certa: a escoliose é uma DOENÇA DO CRESCIMENTO, ou seja, quanto menor for a criança, mais cuidados deveremos ter. Por outro lado, é durante os estirões que temos as maiores possibilidades de que ela "apareça" e, por isso, devemos redobrar nossas atenções em relação a ela, nestes períodos.

Como informação geral, saiba que há escolioses do recém-nascido (que aparecem no primeiro ano de vida), infantis (aparecem até 3 anos), juvenis (de 4 anos até a adolescência), do adolescente (quando devemos tomar muito cuidado) e as escolioses do adulto e do idoso, que surgem após a maturação do esqueleto.

- TRATAMENTO 

Novamente, dividiremos a resposta em duas: caso se trate de uma atitude escoliótica, a fisioterapia (existem vários métodos específicos para tratá-la) costuma dar bons resultados. No caso de uma escoliose evolutiva, diagnosticada precocemente, são três os recursos existentes: fisioterapia, colete e cirurgia. Evidentemente, estes recursos estão dispostos em ordem de gravidade, ou seja, só se opera uma criança quando todos os outros tipos de tratamento falham e a escoliose continua a evoluir.

- DURAÇÃO DO TRATAMENTO

Depende. Tanto para as atitudes escolióticas quanto para as escolioses idiopáticas evolutivas, o período fundamental de tratamento estende-se durante os períodos de crescimento. Generalizando, diríamos que, enquanto a criança crescer, há possibilidade de tratá-la. É claro que há um período, de cerca de ½ ano, quando o crescimento é dramático, e é neste período em que devemos concentrar todos os nossos esforços. Após este período, devemos continuar o tratamento até a completa maturação do sistema ósseo, mas podemos entender que as chances de melhora (ou de piora) reduzem-se bastante.esvios não evoluem, mas cerca de 25% dos casos podem evoluir. A evolução pode justificar somente observação, mas tratamento fisioterápico, ortopédico (utilização de coletes) ou cirúrgico podem ser necessários.


quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Testes para Coluna.


> Testes para Região Cervical

O exame motor da musculatura intrínseca da coluna cervical indicam qualquer hipotonia muscular e determina a integridade do suprimento nervoso. O exame neurológico testa todo membro superior por níveis neurológicos.

- Flexão: paciente sentado, fixe a parte superior do tórax (esterno) do paciente, com uma das mãos de modo a impedir a substituição a flexão do pescoço por flexão do tórax. Coloque a palma de sua mão que imprimirá resistência de encontro a testa do paciente, mantendo-a fixa de modo a estabelecer uma firme base de suporte. Em seguida peça ao paciente para fletir o pescoço vagarosamente. Quando ele o fizer, aumente gradativamente a pressão até determinar o máximo de resistência que ele é capaz de suportar. Correlacione seus achados com a tabela de eficiência muscular.



Grau de Eficiência Muscular
Grau de Força Muscular Descrição

0 - zero
Não há evidência de contratilidade

1 – Dificultado
Evidência de pouca contratilidade, não havendo mobilidade articular

2 – Sofrível
Movimento completo eliminando a gravidade

3 – Mediano
Movimento completo contra a gravidade

4 – Bom
Movimento completo contra a gravidade e uma pequena resistência

5 – Normal
Movimentação completa contra a gravidade e contra resistência



- Extensão: paciente sentado, antes de testar a extensão do pescoço, coloque sua mão estabilizadora sobre a linha média da face súpero posterior do tórax e da escápula para impedir uma falsa impressão de extensão. Espalme a mão que imprimirá resistência sob a região occipital, promovendo-a assim de uma firme base de suporte. Peça ao paciente para estender o pescoço. Enquanto ele o faz, aumente gradativamente a resistência até determinar o máximo de resistência que ele é capaz de vencer. Para avaliar o tônus do trapézio durante a construção, palpar com a mão destinada a fixação.

- Rotação Lateral: ficamos de pé frente ao paciente e coloque sua mão estabilizadora sobre o ombro esquerdo do paciente, o que ira impedi-lo de substituir a rotação da coluna cervical por rotação da coluna toracolombar. Espalme a mão que oferecerá resistência ao longo da margem direita da mandíbula. Peça ao paciente para rodar a cabeça em direção a sua mão que impõem-se resistência máxima que ele é capaz de suportar. P/ examina ECM (D) e mandíbula contra. Lavoral, compare os resultados.

- Inclinação Lateral: sua mão estabilizadora sobre o ombro direito do paciente, impedindo desta forma a substituição do movimento que se quer avaliar por elevação da escápula. Espalme a mão que imporá resistência por sobre a face direita da cabeça do paciente. Para obter uma firme base de resistência, a palma do examinador deverá se sobrepor à têmpora do paciente, com os dedos se estendendo posteriormente. Peça para o paciente inclinar a cabeça lateralmente em direção a sua palma, tentando encostar a orelha no ombro. Quando ele começar a inclinar a cabeça, vá gradativamente aumentando a pressão até determinar o máximo de resistência que ele é capaz de vencer.

- Tração: a tração alivia a dor causada por estreitamento do forâme neural (o que resulta na compressão nervosa), é capaz de ampliar o forâme e alivia o espasmo muscular pois obtem o relaxamento da musculatura contraída. Coloque a mão espalmada sob o queixo do paciente, enquanto que a outra mão será colocada no occipital. Em seguida eleve (tracione) a cabeça removendo o peso que ela exerce sobre o pescoço.

- Compressão: poderá auxiliar a localizar o nível neurológico da patologia que por ventura exista. Mas pode agravar a dor causada por estreitamento do forâme neural, pressão sobre e as superfícies articulares das vértebras ao a espasmo musculares. Pressione para baixo o topo da cabeça do paciente, que pode estar sentado ou deitado. Observara-se a dor é circunscrita a algum dos dermatomos.

- Teste de Valsalva: este teste aumenta a pressão intratecal. Se o canal cervical estiver tomado por alguma lesão que ocupe espaço, como os tumores e hérnia de disco cervical, mo aumento da pressão fará com que o paciente se queixe de dor. A dor poderá se irradiar pela distribuição do dermatomo correspondente a nível neurológico da patologia da coluna cervical. Peça ao paciente para prender a respiração e fazer força como se quisesse evacuar em seguida, pergunta-se se houve agravamento da dor, e em caso afirmativo peça-lhe para descrever a localização. É um teste subjetivo, que requer do paciente respostas precisas.

- Teste de Adson: serve para determinar a permeabilidade da artéria subclávia, que pode estar comprimida ou por contratura dos músculos escalenos. Não pode fazer tração. Palpe o pulso radial do paciente, continue palpando e abduza, estenda e rode externamente o braço do paciente. Em seguida, peça-lhe para prender a respiração e volver a cabeça em direção ao braço que está sendo examinado. No caso de houver compressão da artéria subclávia, o pulso radial diminuirá de amplitude, podendo até não ser mais percebido( síndrome do desfiladeiro cervical).

- Teste para Avaliar Artéria Carótida: com os seus dedos indicador e médio, pressionar ligeiramente sobre a artéria carótida de encontro ao processo transverso da vértebra cervical. Palpar cada artéria individualmente e avaliar igualdade de amplitude. Uma diferença na força dos pulsos pode indicar estenose (estreitamento de qualquer canal ou orifício) ou compressão da artéria carótida.

- Entorse X Distensão: Entorse é uma série de lesões variáveis segundo o tipo de articulação e a intensidade do traumatismo, é um mau que não chega a ocasionar luxação, resultando em traumatismo ligamentar. Distensão é uma tração excessiva e/ou violenta que provoca deslocamento ou repuxo.

Com o paciente na posição sentada, o paciente irá realizar todos os movimentos da coluna cervical em toda sua amplitude de movimentos ativamente com o terapeuta impondo-lhe uma resistência, e a seguir os movimentos serão realizados de forma passiva.
Dor durante os movimentos contra a resistência ou contração muscular isométrica significa distensão muscular. Dor durante a movimentação passiva pode indicar uma entorse de ligamentos.

Obs.: esta manobra pode ser aplicada a qualquer articulação para determinar comprometimento ligamentar ou muscular. Lembrando-se de que durante um movimento contra a resistência a principal estrutura a ser testada é o músculo, e de que durante o movimento passivo a principal estrutura a ser testada é o ligamento. Deve-se conseguir determinar entre Distensão Muscular ou Entorse Ligamentar, ou uma combinação destas.

> Testes para Região Lombar

Dá mobilidade as costas, fornece sustentação a porção superior do corpo e transmite o peso a pelve e aos MMII.

O paciente deve despir-se. A presença de sinais pilosos nas costas pode traduzir algum distúrbio na coluna. Observar se o paciente evita se curvar, torcer e promover outros movimentos.

Se o paciente apresentar-se com lombalgia localizada sem nenhum componente radicular, então espasmo muscular lombar ou capsulite facetária poderá ser suspeitada.

- Região Ciática: para avaliar se tem hérnia de disco ou uma lesão que ocupa espaço capaz de comprimir as raízes nervosas podendo sensibilizar o nervo. Ocorre verticalmente em direção descendente na linha media da coxa e seus ramos para o músculo tendinosos da coxa e divide-se em ramos terminais tíbial e fibulares. O examinador deve fletir o quadril do paciente e localizar o ponto médio entre as tuberosidades isquiaticas e os grandes trocanteres. Então irá pressionar firmemente, palpando o nervo que é de fácil palpação.

- Flexão lateral : movimento contralateral, com dor no outro lado, tratar a cápsula articular.

- Inclinação: detecta lesão ligamentar. Fixe a crista ilíaca do paciente e pede-se para que ele incline o tronco para direita e/ou para esquerda. Compare os dois lados. Para realizar o teste passivo de inclinação fixe a pelve do paciente e segure o ombro e inclina-o para direita e depois para a esquerda. Verificar os dois lados.

- Rotação: coloque-se atrás do paciente e fixe a pelve colocando a mão sobre a crista ilíaca e outra sobre o ombro, em seguida fixe o tronco o que será conseguido rodando a pelve e o ombro posteriormente. Verificar os dois lados.

- Teste de Lasegue modificado: flexão + adução + rot. int.( inversão) + elevação da perna. Se o paciente sentir dor, suspeitar-se-á de lombociatalgia (dor ciática verdadeira).


> Stress Neural

* Nervo Femural (L2, L3 e L4): paciente em pé apóia um dos joelhos (flexionado à 90o) em uma cadeira, então pede-se que faça a inclinação lateral do tronco. Dar-se- a positivo se houver dor. Se for local o problema é na cápsula; se for irradiada para o membro inferior o problema é no nervo.

* Nervo Ciático (L4-S3): pode-se usar os testes de Lasegue (verdadeiro), Slump e Calço (paciente em pé e com o ante pé apoiado sobre um calço como por exemplo um livro, o terapeuta pede para que o paciente faça flexão do tronco. Caso positivo haverá dor).

* Nervo Mediano (C5 à T1): paciente em DD, com flexão de cotovelo e extensão de punho e obro abduzido. O terapeuta ira realizar uma extensão total de cotovelo e punho. O teste deve ser realizado primeiramente de forma passiva e depois feito ativamente. A cabeça deve estar rodada para o lado oposto ao teste.

* Nervo Radial (C5 à T1): paciente em DD, com flexão de cotovelo e flexão de punho e obro abduzido. O terapeuta ira realizar uma extensão total de cotovelo e flexão total de punho. O teste deve ser realizado primeiramente de forma passiva e depois feito ativamente. A cabeça deve estar rodada para o lado oposto ao teste.

* Nervo Ulnar (C7 à T1): paciente em DD, com extensão de cotovelo e extensão de punho e obro abduzido. O terapeuta ira realizar abdução total de ombro, uma flexão total de cotovelo e extensão total de punho. O teste deve ser realizado primeiramente de forma passiva e depois feito ativamente. A cabeça deve estar rodada para o lado oposto ao teste.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

O sinal de Babinski

O Sinal de Babinski é um sinal clínico neurológico de fácil constatação para detectar lesões especificamente na porção piramidal do sistema de controle motor, pois não ocorre quando a lesão é nas partes extrapiramidais do sistema de controle motor.

Patologia do Sinal: para o sinal de Babinski estar presente é necessário que ocorra a lesão na região correspondente ao pé (área 4 de Brodmann:área piramidal "gicanto-pyramidalis", onde ficam as células de Betz) ou então, transeção no feixe piramidal de fibras referente ao pé.

O sinal é demonstrado quando um firme estímulo tátil é aplicado à sola lateral do pé. O hálux se estende para cima, e os outros dedos se afastam entre si.

resposta normal seria: que todos os dedos se curvassem para baixo.

Causa do sinal de babinski (suposição):

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  o feixe piramidal é importante controlador da atividade muscular para a realização de movimentos voluntários;
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  já, o sistema extrapiramidal, um sistema de controle motor mais antigo, está mais relacionado à proteção.
*

Por essa razão, quando somente o sistema extrapiramidal tem condições funcionais, um estímulo à sola dos pés causa reflexo protetor típico de retirada, que é expresso pelo movimento do dedo maior para cima e a abertura em leque dos outros dedos. Mas quando está integralmente funcional, o sistema piramidal supri- me o reflexo protetor e excita, em vez disso, uma função motora de ordem mais alta, incluindo o efeito normal de causar a curvatura para baixo dos dedos, em resposta à estímulos sensoriais da sola dos pés.

Fratura de colo de fêmur nos idosos

Geralmente esse tipo de fratura ocorre por uma queda do idoso ou por traumas físicos menores. É um dos motivos pelos quais nós, geriatras e gerontólogos, nos preocupamos tanto com o fato de um idoso cair. Quase sempre o tratamento será cirúrgico com aplicação de parafusos, placa ou prótese total ou parcial da articulação do quadril, isto é, substituição da articulação por uma "junta artificial" metálica. 

Mas por que nos preocupamos tanto se há tratamento?

Porque a situação clínica desses pacientes devida ao próprio trauma causador da fratura, ao procedimento cirúrgico e ao período de reabilitação somam um risco de morte muito alto. Após um ano de uma fratura dessas, diversos estudos mostram que a taxa de morte dos idosos é em média 25%, independentemente do tratamento. Isso quer dizer que a cada quatro idosos que sofrem uma fratura de fêmur, um deve falecer no próximo ano. É para preocupar, não? 

Além disso, mesmo entre os pacientes que não chegam a morrer, entre 40% e 47% deles terão alguma complicação grave no período de até 2 anos após o evento. As complicações podem ser muitas: falha da cirurgia e necessidade de reoperação, infecções diversas, acidente vascular cerebral ("derrame"), embolia pulmonar, desnutrição, depressão, confusão mental... 

Mais uma vez volto a insistir na necessidade de prevenção de acidentes, principalmente quedas (em casa ou na rua) e atropelamento. Diante de uma situação mais grave que muitos cânceres, não podemos deixar de lembrar que a prevenção é o melhor remédio!

Respiron melhorando função pulmonar


A respiração é uma função vital em nossas vidas.
Quanto mais rápido você respira, maior é o stress descarregado sobre o corpo. Poluição e mudanças constantes de temperatura também podem dificultar a nossa respiração
Respirar corretamente ajuda a prevenir doenças, aumenta a disposição, diminui a sensação de fadiga e relaxa, é fundamental para o organismo e pode mudar nossa qualidade de vida.
Para atletas profissionais, pessoas que praticam atividades físicas cotidianas e para o indivíduo comum a importância de se respirar corretamente é a mesma. Podemos sentir falta de ar desde o simples ato de subir e descer escadas como na prática de exercícios físicos mais intensos.
Existem no mercado equipamentos e produtos que buscam auxiliar a melhora da qualidade de vida e da respiração, entre eles um equipamento simples, de baixo custo e fácil utilização é destaque no segmento: O Respiron - aparelho portátil projetado para o exercício respiratório que tem como principal objetivo a melhora do condicionamento físico-respiratório.
Com um componente lúdico que estimula seu uso frequente e diário, ajuda as pessoas que desejam melhorar sua capacidade respiratória e não têm tempo para exercícios. Estudos mostram que o exercício diário respiratório leva ao praticante à percepção de melhora da qualidade de vida, principalmente pela redução da sensação de falta de ar em razão do fortalecimento da musculatura inspiratória não só durante atividades físicas cotidianas como caminhar e subir escadas, mas também durante a prática de exercícios físicos mais intensos.
O aparelho produzido pela NCS Indústria e Comércio, empresa brasileira especializada na fabricação e comercialização de aparelhos para a fisioterapia respiratória, foi desenvolvido com base nas técnicas de resistência de fluxo de ar objetivando principalmente a expansão ou a reexpansão pulmonar e o fortalecimento da musculatura inspiratória.
O exercício consiste simplesmente na inspiração pelo Respiron, que levará ao praticante os efeitos das técnicas de resistência de ar expandindo ou reexpandindo seu pulmão, além de proporcionar o treinamento dos músculos respiratórios. Funciona com um princípio simples de treinamento de resistência equivalente a ter um conjunto de halteres para a musculatura respiratória.
É fácil de usar. Após o ajuste da intensidade mais apropriada (o fabricante recomenda iniciar o exercício na posição zero), o objetivo é conseguir elevar sequencialmente as três esferas do produto por duas ou três séries de 10 vezes ( totalizando 20 a 30 respirações) e, caso consiga, mantê-las elevadas por alguns instantes. A indicação é para que o indivíduo saudável faça essa série de exercícios duas vezes ao dia (manhã e noite), caso não haja indicação em contrário de seu médico ou fisioterapeuta. É um desafio estimulante!
É um aparelho de baixo custo e fácil utilização, porém o seu uso é individual, não devendo ser utilizado por mais de uma pessoa. Há a possibilidade de graduação da dificuldade do exercício, que pode ser aumentada à medida e que o indivíduo vença os desafios das cargas anteriores e ganhe condicionamento físico.
As pessoas escolhem a musculação através de levantamento de pesos para fortalecer os músculos em seus braços, peito, pernas etc. O Respiron atua como um conjunto de halteres na respiração e em poucas semanas, seguindo a frequência acima, já se nota um aumento significativo da capacidade respiratória. Para quem está participando de uma prova de ciclismo, natação ou esportes que exijam fôlego também terá uma diferença significativa em sua performance em poucas semanas.