terça-feira, 17 de setembro de 2013

ESCOLIOSE

Para entender o que é escoliose, devemos saber que a coluna vertebral, vista por trás, deve ser "reta". Qualquer desvio para os lados pode configurar uma "escoliose". Mas, preste atenção. Um desvio lateral mínimo, causado, por exemplo, por maus hábitos posturais, deve ser caracterizado como uma atitude escoliótica.
Por outro lado, a escoliose é uma DOENÇA e deve ser tratada como tal. Antigamente, acreditava-se que a escoliose era somente um desvio lateral da coluna, chamada pelos leigos de "coluna torta". Atualmente, a definição correta é a de que a escoliose, doença, é um desvio tridimensional da coluna vertebral, ou seja, a coluna desvia-se nos três planos do espaço. Assim, a coluna realmente se torce, não somente para os lados, mas também para frente/trás e em volta de seu próprio eixo.

Resumindo, ATITUDES ESCOLIÓTICAS são desvios da coluna - em geral somente para os lados - que, com bastante freqüência, podem ser reduzidos totalmente, ou seja, testes de flexibilidade mostram que a coluna é flexível a ponto de retornar sua forma fisiológica. Têm causas que variam de um mau hábito postural a um desequilíbrio momentâneo de crescimento dos membros inferiores, por exemplo.

Por outro lado, ESCOLIOSES EVOLUTIVAS ESTRUTURAIS são aquelas que, em geral, vão evoluir, com alterações nos três planos do espaço e que devemos tentar brecar sua evolução o mais rápido possível. Testes de flexibilidade indicam que a coluna vertebral, neste caso, não pode mais ser reduzida à sua condição fisiológica.
Causa: Em cerca de 70% dos casos, nenhuma causa é encontrada e falamos, então, de escolioses idiopáticas. As escolioses idiopáticas acometem cerca de oito vezes mais as meninas que os meninos.

A freqüência de escolioses familiares é relatada por diversos autores, entre 30 e 80%, sendo 40% o índice mais freqüentemente citado. Atualmente, os especialistas convergem em direção a uma hereditariedade multifatorial, podendo associar retardo de maturação do sistema de equilibração e problemas metabólicos.

Existem algumas escolioses com causa definida, como, por exemplo, na paralisia cerebral, ou outras de fundo neurológico, bem como escolioses causadas por más-formações, poliomielite, distrofias musculares, síndromes específicas (Marfan, Rett, Ehlers-Danlos, etc.), tumores, etc.

Ela pode aparecer em qualquer idade, mas uma coisa é certa: a escoliose é uma DOENÇA DO CRESCIMENTO, ou seja, quanto menor for a criança, mais cuidados deveremos ter. Por outro lado, é durante os estirões que temos as maiores possibilidades de que ela "apareça" e, por isso, devemos redobrar nossas atenções em relação a ela, nestes períodos.

Como informação geral, saiba que há escolioses do recém-nascido (que aparecem no primeiro ano de vida), infantis (aparecem até 3 anos), juvenis (de 4 anos até a adolescência), do adolescente (quando devemos tomar muito cuidado) e as escolioses do adulto e do idoso, que surgem após a maturação do esqueleto.

- TRATAMENTO 

Novamente, dividiremos a resposta em duas: caso se trate de uma atitude escoliótica, a fisioterapia (existem vários métodos específicos para tratá-la) costuma dar bons resultados. No caso de uma escoliose evolutiva, diagnosticada precocemente, são três os recursos existentes: fisioterapia, colete e cirurgia. Evidentemente, estes recursos estão dispostos em ordem de gravidade, ou seja, só se opera uma criança quando todos os outros tipos de tratamento falham e a escoliose continua a evoluir.

- DURAÇÃO DO TRATAMENTO

Depende. Tanto para as atitudes escolióticas quanto para as escolioses idiopáticas evolutivas, o período fundamental de tratamento estende-se durante os períodos de crescimento. Generalizando, diríamos que, enquanto a criança crescer, há possibilidade de tratá-la. É claro que há um período, de cerca de ½ ano, quando o crescimento é dramático, e é neste período em que devemos concentrar todos os nossos esforços. Após este período, devemos continuar o tratamento até a completa maturação do sistema ósseo, mas podemos entender que as chances de melhora (ou de piora) reduzem-se bastante.esvios não evoluem, mas cerca de 25% dos casos podem evoluir. A evolução pode justificar somente observação, mas tratamento fisioterápico, ortopédico (utilização de coletes) ou cirúrgico podem ser necessários.


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