segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Tipos de Fratura

Para que possamos definir os tipos de fraturas, primeiramente vamos verificar o que significa o termo fratura, que é a quebra ou ruptura dos ossos, causada por um impacto de intensidade variável. Os ossos embora muito resistentes, tem naturalmente uma capacidade de deformação para que possam absorver impactos, voltando à sua forma original, quando o agente causador se dissipar.
No entanto,cada tipo de acidente poderá trazer aos ossos um tipo de resultado de maior ou menor dano. Como por exemplo: em acidentes menores poderá não haver a “fratura”, mas apenas uma “trinca”, ou os ossos podem despedaçar-se em impactos maiores, podendo chegar ao grau de fraturas de maior intensidade, como “as expostas”, perigosas pelo fato de que se não tratadas adequadamente e rapidamente poderão levar à uma infecção.

O que caracteriza uma fratura?
1) Incapacidade total ou parcial de movimentos
2) Dificuldade e dor aos movimentos
3) Observação de inchaço na área atingida
4) Posição anormal do membro atingido
5) Traumatismos

Classificação das fraturas
Podem ser classificadas da seguinte forma:
1) de acordo com a direção da linha da fratura
2) conforme a localização anatômica
3) de acordo com a forma linear ou cominutiva
Quanto ao tipo, podem ser:
1) Múltiplas
2) Por encurtamento e torção
3) Completa e incompleta (quando a estrutura óssea é lesionada na sua totalidade ou apenas em parte).
4) De impacto, oblíquas, epifisárias, penetrantes
5) Por fadiga (stress, comum em atletas)
6) Fechadas ou abertas (Não expostas ou expostas)
Chamamos de fraturas “expostas ou abertas”, quando rompem-se a pele e tecidos expondo o osso ao ambiente exterior. E são denominadas “fechadas ou não expostas” quando sente-se que o osso está apenas “desnivelado” mas não rompeu a pele.
Existem ainda os tipos de fraturas por fadiga ou esforço, quando o indivíduo submete-se à esforços além de sua capacidade, fatigando a estrutura óssea podendo assim ocorrer o rompimento. E as fraturas ditas patológicas, causadas por patologias pré-existentes, as quais poderão enfraquecer um osso que teria condições normais.

Tratamento
Inicialmente cabe aqui dizer, que o sucesso do tratamento em casos de fraturas independente do tipo dependerá de forma intensificada da colaboração do acidentado. Serão necessários exames radiográficos combinados com a avaliação médica, para confirmar-se uma fratura,e classificar-se o tipo, recomendando-se em seguida o imediato tratamento.
Para cada caso, existem soluções e métodos diferentes, tais como: Braces, Fixação externa, Tração, Imobilização gessada, etc. Muito importante lembrar que fatores como localização, gravidade, tipo de fratura, condições físicas do acidentado e avaliação conjunta entre médico e paciente, farão com que se busque a melhor opção de tratamento e conseqüentemente um melhor restabelecimento da saúde.

Plasticidade Neuronal


 A neuroplasticidade refere-se à capacidade do sistema nervoso de alterar algumas das propriedades morfológicas e funcionais em resposta a alterações do ambiente, é a adaptação e reorganização da dinâmica do sistema nervoso frente as alterações.
A plasticidade nervosa não ocorre apenas em processos patológicos, mas assume também funções extremamente importantes no funcionamento normal do indivíduo. 
Graças a esta capacidade é que, crianças que sofreram acidentes, às vezes gravíssimos, com perda de massa encefálica, déficits motores, visuais, de fala e audição, vão se recuperando gradativamente e podem chegar à idade adulta sem seqüelas.
Formas de plasticidade:
n  Regenerativa:consiste no recrescimento dos axônios lesados.É mais comum no sistema nervoso periférico.
n  Axônica:ou plasticidade ontogenética,ocorre de zero a 2 anos de idade,é a fase crítica,fundamental para desenvolvimento do SN.
n  Sináptica:Capacidade de alterar a sinapse entre as células nervosas.
n  Dendrítica:Alterações no número,no comprimento,na disposição espacial e na densidade das espinhas dendríticas,ocorre principalmente nas fases iniciais do desenvolvimento do indivíduo.
n  Somática:Capacidade de regular a proliferação ou morte de células nervosas.Somente o sistema nervoso embrionário é dotado dessa capacidade.
Plasticidade e Desenvolvimento 
           O grau de plasticidade neural varia com a idade do individuo. Durante o desenvolvimento o sistema nervoso é mais plástico, principalmente as fases denominadas de períodos críticos que é mais susceptível a transformações. 
          Ao nascimento os órgãos do sistema nervoso já estão praticamente formados anatomicamente, embora as sinapses não estejam estabelecidas.       
Daí a importância da maturação nervosa para a aprendizagem: aprender significa ativar sinapses normalmente não utilizada. 
Mecanismo de recuperação funcional após lesões cerebrais:
A lesão promove no SNC vários eventos simultâneos:
Num primeiro momento, as células traumatizadas liberam seus aminoácidos e  neurotransmissores, os quais, em alta concentração, tornam os neurônios mais excitados e mais vulneráveis à lesão.  
Neurônios muito excitados podem liberar o neurotransmissor glutamato, o qual alterará o equilíbrio do íon cálcio e induzira seu influxo para o interior das células nervosas, ativando varias enzimas que são tóxicas e levam os neurônios à morte, o que é chamado de excitotoxicidade. 
Após o evento lesivo, ocorre também a ruptura de vasos sanguíneos e/ou isquemia cerebral, diminuindo os níveis de oxigênio e glicose, que são essenciais para a sobrevivência de todas as células.
A falta de glicose gera insuficiência da célula nervosa em manter seu gradiente transmembrânico, permitindo a entrada de mais cálcio para dentro da célula, ocorrendo um efeito cascata.
 A lesão promove, três situações distintas: uma em que o corpo celular do neurônio foi atingido e ocorre a morte do neurônio, sendo, neste caso, o processo irreversível; o corpo celular esta integro e seu axônio esta lesado ou o neurônio se encontra em um estagio de excitação diminuído.
Mecanismo de recuperação funcional após lesões cerebrais
As variáveis que afetam a recuperação funcional são: localização de lesão; extensão e severidade do comprometimento neuropsicológico, etiologia e curso de progressão do processo patológico, idade de inicio, tempo transcorrido desde de o inicio do quadro, variações na organização cerebral das funções, condições ambientais, estilo de vida, fatores agravantes internos ou externos.
Atividades motoras sobre a neuroplasticidade
A reorganização neural é um objetivo preliminar da recuperação neural para facilitar a recuperação da função e pode ser influenciada pela experiência, comportamento, prática de tarefas  em resposta as lesões cerebrais.
 Um consenso na literatura sobre a plasticidade cerebral é que o aprendizado de determinada atividade ou a somente prática da mesma, desde que não seja simples repetição de movimentos, induza mudanças plásticas e dinâmicas no sistema nervoso central (SNC).
Plasticidade Cerebral 
O SNC é altamente “plástico” essa característica permanece durante toda a vida,em condições normais ou patológicas .
O córtex motor pode reorganizar-se em resposta ao treinamento de tarefas motoras especializadas depois de uma lesão isquêmica localizada. 
Acredita-se que regiões corticais não lesadas assumam a função perdida da área danificada.
   O fisioterapeuta irá atuar treinando as funções motoras para prevenir futuras perdas de tecido de áreas corticais adjacentes à lesada,e direcionar o tecido intacto a assumir a função do tecido danificado.
•         Os exercícios  estimulam a sinaptogênese e promover crescimento de espinhos dendríticos no córtex.
•         O exercício pode então aumentar a neurogênese ,a plasticidade sináptica e o aprendizado. 
Quando iniciar a fisioterapia
Nas primeiras horas após lesão tão logo o paciente esteja estável.Deve-se iniciar com exercícios físicos passivo e ativo-assistido e ativo de intensidade leve e moderada afim de reduzir eventos vasculares tromboembólicos,pneumonias,escaras, etc
Repetição da Atividade
O aprendizado motor utiliza memória não- declarativa (adquirida em virtude de treinamento).
   Assim para aprender um ato motor é necessário treinar inúmeras vezes e de diversas maneiras determinada ação para  que esta se fixe. 
 
Fenômeno do “não-uso aprendido”
 Com a perda da função de uma área do cérebro atingida pelo AVC, o paciente não consegue mover o membro mais afetado, compensa usando o outro.
Após um certo tempo, quando os efeitos da lesão não estão mais presentes e ocorreram readaptações no cérebro, os movimentos poderiam ser recuperados, no entanto, o paciente já “aprendeu” que aquele membro não é mais funcional.
Conclusão
O cérebro humano está constantemente sofrendo alterações e este é um dos motivos que dificulta o entendimento de seus mecanismos, como a regulação da neuroplasticidade após a lesão. 
Por isso mais pesquisas, precisam ser realizadas para uma melhor compreensão das mudanças plásticas durante a recuperação das funções nervosas.

Lombalgia


O que é Lombalgia?

A lombalgia acontece quando uma pessoa tem dor na região lombar, ou seja, na região mais baixa da coluna perto da bacia. É também conhecida como "lumbago", "dor nas costas", "dor nos rins" ou "dor nos quartos". Não é uma doença, é um tipo de dor que pode ter diferentes causas, algumas complexas. No entanto, na maioria das vezes, o problema não é sério. Algumas vezes, a dor se irradia para as pernas com ou sem dormência.
O que é lombalgia?

Causas

Frequentemente, o problema é postural, isto é, causado por uma má posição para sentar, se deitar, se abaixar no chão ou carregar algum objeto pesado. Outras vezes, a lombalgia pode ser causada por inflamação, infecção, hérnia de disco, escorregamento de vértebra, artrose (processo degenerativo de uma articulação) e até problemas emocionais.
Dor nas costas - Foto Getty ImagesA lombalgia tem como principais causas a má postura, inflamações e hérnia de disco

Tipos

Há dos tipos de lombalgia: aguda e crônica. A forma aguda é o "mau jeito". A dor é forte e aparece subitamente depois de um esforço físico. Ocorre na população mais jovem. A forma crônica geralmente acontece entre os mais velhos; a dor não é tão intensa, porém, é quase permanente.

Diagnóstico de Lombalgia

Nem sempre é preciso fazer exames como a ressonância magnética. Em mais de 90% das vezes, o diagnóstico e a causa são estabelecidos com uma boa conversa com o paciente e com um exame físico bem feito. Em caso de dúvida, o passo seguinte é a radiografia simples. A densitometria é um exame usado na osteoporose, porém osteoporose não provoca dor. O que dói é a fratura espontânea de uma vértebra enfraquecida pela osteoporose. Portanto, na maioria das vezes, a densitometria não é necessária nos casos de lombalgia.

Tratamento de Lombalgia

Na crise aguda de lombalgia, o exercício está totalmente contraindicado. Deve-se fazer repouso absoluto, deitado na cama. Uma alternativa é deitar de lado em posição fetal (com as pernas encolhidas). Não estão indicados na fase aguda: tração, manipulação, RPG, cinesioterapia, alongamento e massagem.
Os analgésicos e os anti-inflamatórios podem ser usados. Sedativos são úteis para ajudar a manter o paciente em repouso no leito. Existem outras substâncias muito usadas, porém sem nenhuma eficácia científica comprovada, tais como: vitamina B12, cortisona, cálcio, gelatina de peixe, casca de ovo, casca de ostra e geleia de tubarão. Nenhuma delas tem efeito comprovado. Nota-se que, quanto mais bem feito o repouso, menos medicamentos são necessários. Obviamente, deve-se tratar a causa da lombalgia.
Nem todos os casos de hérnia de disco têm de ser operados. Quase todos regridem com repouso no leito, sem necessidade de cirurgia. Assim, a hérnia murcha e deixa de comprimir estruturas importantes, como os nervos. O tratamento cirúrgico está indicado apenas nos 10% dos casos em que a crise não passa entre três a seis semanas, em pacientes que têm crises repetidas em um curto espaço de tempo ou quando existem alterações esfincterianas (perda de controle para urinar e defecar).
Enquanto, no adulto, a maioria das lombalgias tem causas e tratamentos simples, a dor lombar no adolescente é incomum e com causas que devem ser investigadas cuidadosamente pelo médico ortopedista.

Prevenção

Muitos fatores são importantes para evitar que uma lombalgia aguda se torne crônica. A correção postural, principalmente na maneira de se sentar no trabalho e na escola é essencial. Na fase aguda, a ginástica não é indicada, porém, após o final da crise, a prática regular de exercícios físicos apropriados é importante. Quando fizer exercício com pesos na ginástica, proteja a coluna deitando ou sentando com apoio nas costas. Sempre evitar carregar peso. Não permanecer curvado por muito tempo. Quando se abaixar no chão, dobrar os joelhos e não dobrar a coluna. Evitar usar colchão mole demais ou excessivamente duro, principalmente se o indivíduo é muito magro. Para outros esclarecimentos, consulte o seu médico ortopedista.


Estresse e dores nas costas estão fortemente ligados


Existe uma forte conexão entre o estresse e as dores nas costas. O estresse causa a liberação de hormônios que aumentam a percepção da dor, como o cortisol e o adrenocorticotrópico (ACTH). 

Os hormônios do estresse também causam tensão muscular. Os músculos podem ser tão tensionados ao ponto de levar a um doloroso quadro de espasmo muscular. Os músculos das costas e do pescoço são particularmente mais sensíveis aos efeitos do estresse. 

A tensão muscular reduz a circulação sanguínea para os tecidos, desta maneira, reduz a quantidade de oxigênio e nutrientes que deveriam chegar até para eles. A circulação adequada é necessária para liberar resíduos ácidos (bioprodutos da atividade muscular) dos tecidos. O acúmulo deles nos tecidos pode causar fadiga e dor, além de dificultar o processo de cura do organismo. 
Uma pessoa com problemas nas costas, como por exemplo, a cicatriz de uma lesão antiga ou com alterações degenerativas da coluna devido ao envelhecimento, pode observar os efeitos do estresse pela dor nas costas, ainda mais do que alguém com as costas saudáveis. 

A menor tensão muscular pode ser a "gota d'agua". Por exemplo, se os nervos espinhais forem restringidos por tecido cicatricial ou por depósitos de cálcio, podem levar a uma tensão muscular mínima, que comprime os nervos e causam dor. Outro exemplo, é a dor ciática, que pode tornar-se muito maior quando a pessoa se sente estressada. 
"Exercícios simples de alongamento também podem aliviar o estresse e relaxar os músculos tensos"
Sem a devida atenção, um ciclo vicioso para o estresse e para a dor nas costas pode ser facilmente iniciado: O estresse causa tensão muscular nas costas, levando à dor, que por sua vez aumenta a tensão muscular e pode aumentar ainda mais o estresse. 

Quando alguém está sob efeito do estresse, suas costas se tornam menos capazes de tolerar até mesmo a uma leve atividade. Ele faz com que os músculos se tencionem, deixando-os vulneráveis a lesões. Com este quadro, o simples ato de levantar uma caixa leve, por exemplo, pode se tornar quase impossível.  

Reduzindo o estresse

Aliviar o estresse pode reduzir a dor que é agravada ou causada pela tensão muscular. Além disso, gerenciá-lo continuamente também pode ajudar a prevenir a aparição das dores nas costas. 

Terapias como osteopatia, acupuntura e massagens terapêuticas, como o Shiatsu, são muito benéficas para o relaxamento muscular. Elas trabalham o corpo de forma holística, ou seja, reequilibram a circulação e o copo como um todo, levando ao alivio das condições provocadas pelo estresse. Quando realizadas regularmente podem ajudar no controle do estresse e da dor nas costas.  
O controle do estresse é um processo contínuo - como fortalecer os músculos através de exercícios. Portanto, o alívio pode vir através deles. O Pilates reúne movimentos que aumentam a força e a flexibilidade, ao utilizar técnicas de respiração para aliviar o estresse, proporcionando sensação de alívio e bem-estar. 

O exercício aeróbico é outra forma particularmente eficaz para aliviar o estresse, pois queima os hormônios que o causam e aumenta a produção corporal de endorfinas - substâncias químicas que são naturalmente secretadas para aliviar a dor e melhorar o humor. Além disso, exercícios simples de alongamento também podem aliviar o estresse e relaxar os músculos tensos. 

Manter a forma através do exercício e o controle de estresse são importantes no tratamento e prevenção de dores nas costas.
 

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Fisioterapia Vascular

O fisioterapeuta vascular atua junto ao paciente portador de doenças vasculares de diversas formas: 

Tanto participando do tratamento  da doença como (por exemplo às úlceras venosas); quanto no tratamento de sintomas relacionados à patologia (por exemplo claudicação intermitente), e também no tratamento de seqüelas da doença já instalada como por exemplo no pé diabético. Além dos exemplos citados, existem diversas outras situações em que o paciente se beneficia de fisioterapia vascular, tais como: linfedemas e edemas venosos, dor por aderências cicatriciais, pós cirurgias de varizes, síndrome do desfiladeiro, etc.

Prevenção de Quedas em Idosos


Como prevenir a queda dos idosos

Não é uma tarefa fácil prevenir quedas do idoso. Para controle e prevenção das quedas é necessária abordagem multidisciplinar incluindo medidas de prevenção, mudanças de hábitos, tratamento médico, fisioterápico e psicológico. Há necessidade de convencer o idoso a mudar alguns hábitos, o que, às vezes, é a parte mais difícil do tratamento. Várias são as abordagens possíveis:

  1. Orientação sobre risco de quedas e suas conseqüências e sobre a importância da mudanças de alguns hábitos como passar a usar bengala ou andador no casos indicados;
  2. Avaliação médica incluindo: testes cognitivos, de marcha e equilíbrio, verificação do uso excessivo de medicamentos e avaliação da presença de co-morbidades como depressão; avaliação anual da visão e dos pés; avaliação da acuidade auditiva quando houver suspeita de comprometimento; avaliação do estado nutricional e medidas de promoção à saúde com prescrição de cálcio e vitamina D para prevenir osteoporose e tratamento da osteoporose quando necessário com utilização de bifosfonados.
  3. Avaliação do ambiente em que o idoso vive: dentro de casa adaptando-a aos idosos com retirada de tapetes, móveis baixos e fios que possam atrapalhar a passagem; instalação de barras de apoio no banheiro (box e vaso), colocação de cadeira de plástico no box nos casos indicados;
  4. Prática de exercícios físicos mesmo nos idosos mais frágeis ou que usam bengala, andadores ou estão em cadeira de rodas para: melhora da marcha e do equilíbrio, fortalecimento de musculatura principalmente das pernas, aumentar a amplitude do movimento das articulações; alongamento e aumento da flexibilidade articular. O objetivo final é manter o idoso ativo, o que já diminui o risco de quedas. 
  5. Evitar a síndrome da imobilidade com suporte psicológico adequado.
  6. Incluir na reabilitação, a terapia ocupacional para melhorar as condições de moradia e instrumentalizando o idoso a cuidar de si próprio.
  7. A colocação de alarmes e telefones numa altura, que possam ser utilizados do chão, facilita o socorro de idosos que caem e moram ou estão sozinhos no momento do evento.
O box abaixo lista  pontos importantes de serem eliminados na casa do idoso e seus hábitos com o objetivo de prevenir quedas.

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Cuidados em casa

Muitas vezes são necessárias adaptações para evitar acidentes em casas de idosos
©iStockphoto.com/Alistair Forrester
Muitas vezes são necessárias adaptações para
evitar acidentes em casas de idosos

Elimine os perigos da residência como:
  • Ambientes com pouca luminosidade
  • Tapetes que escorregam
  • Fios de telefone ou eletricidade soltos
  • Desorganização: objetos, brinquedos espalhados pelo chão
Acrescente medidas de segurança como
  • Barras de apoio no banheiro, no box
  • Iluminação noturna (abajur ao lado da cama, corredor)
  • Capachos não deslizantes
Cuidados do próprio idoso
  • Usar sapatos com solado de borracha, anti-derrapantes, não flexíveis e sem saltos
  • Caminhar sem pressa  especialmente em lugares desconhecidos
  • Não tomar bebidas alcóolicas
  • Informar ao  médico e enfermeira  se você tiver tonturas,problemas de visão ou de equilíbrio
  • Fazer avaliação periódica de visão
  • Não usar medicamentos sem autorização  médica
  • Fazer atividade física moderada e regular, com orientação médica

A IMPORTÂNCIA DA FISIOTERAPIA NA GERIATRIA


Os avanços médicos das últimas décadas promoveram a queda da mortalidade entre as doenças infecciosas, beneficiando os grupos mais jovens da população. Estes “sobreviventes” passam a viver mais e expostos a fatores de risco para doenças crônico-degenerativas.
O segmento que cresce mais rápido é o de pessoas acima de 75 anos. Estes 12% idosos ocupam 33% do tempo do medico e a usam 25% das medicações prescritas. Além disso, são responsáveis por 40% das admissões hospitalares. A previsão para os próximos 20 anos é um aumento de idosos atingindo 18% do total da população, com grande impacto econômico social.
No Brasil, 5,85% da população é maior de 65 anos. No período de 1950 a 2025, o número de idosos no país deverá aumentar em 15 vezes, enquanto o restante da população em 5 vezes (Projeções da Organização Mundial de Saúde, OMS). O país ocupará o 6.° lugar no mundo quanto ao contingente de idosos, alcançando 32 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, em 2025.
Como decorrência do crescimento da população idosa e do aumento da longevidade, as doenças do aparelho cardio circulatório continuarão a liderar as estatísticas de letalidade, seguidas pelos cânceres e por outras doenças crônicas, como as do aparelho respiratório, e osteoarticular.
Alia-se a estas mudanças o aumento do tabagismo, apesar das campanhas anti-tabágico, diminuição das atividades físicas diárias, mudança do perfil de dieta (rica em calorias e gorduras) e aumento do estresse. Estes fatos fazem surgir cada vez mais casos de obesidade, dislipidemia (alterações do colesterol e triglicérides), hipertensão arterial sistêmica e aumento de resistência à insulina (componentes da síndrome metabólica). Todos estes fatos juntos predispõe as doenças cardiovasculares.Este tipo de transição epidemiológica obrigará a readequar os programas de saúde pública, com prioridade para as medidas assistenciais e preventivas para as doenças não transmissíveis, e programas sociais com forte ação na socialização do idoso e seu retorno a vida ativa no mercado de trabalho.
Para cuidarmos dos idosos que as atuais conjunturas populacionais estão criando, necessitamos de profissionalizar os jovens prevendo para as próximas décadas o seu ingresso no futuro contingente de idosos. Pois, como sabemos, o emprego, é um fator determinante por toda a vida adulta, tendo grande impacto sobre a preparação, sob o aspecto financeiro, da pessoa para a velhice.


Papel da fisioterapia

O fisioterapeuta deste século deverá estar preparado para atuar na equipe multi e interdisciplinar, conhecendo os múltiplos aspectos das doenças crônicas e principalmente, das condições bio-psico-sociais dos idosos. O papel preventivo deverá sobrepujar o caráter reabilitatório das fisioterapias atuais. A atuação integrada do fisioterapeuta deverá ser sentida de forma consistente em todos os níveis de atendimento ao idoso. Procurando agir nos ambulatórios e consultórios médicos, evitando-se a hospitalização, que é considerada fator de risco de óbitos por provocar condições que agravam a saúde, como infecções, isolamento social, iatrogenia, entre outras que podem proporcionar perda de independência e autonomia.
Como sabemos os idosos hospitalizados apresentam um declínio físico progressivo e após a alta hospitalar, nem sempre conseguem recuperar o seu desempenho funcional anterior. Cabe ao fisioterapeuta  atuar neste segmento, de forma a minimizar estas “ sequelas” reabilitando o idoso de forma plena no mais breve período de tempo possível.
O fisioterapeuta do século XXI, necessita de conhecimentos a respeito não só da patologia que está sendo tratada, mas também de noções de nutrição, farmacologia, psicologia, filosofia e sociologia. Pois, não raramente será solicitado, pelo paciente, de informações a este respeito. Estas informações, certamente, não virão apenas das cadeiras do curso de fisioterapia, mas do convívio com as equipes que atendem os idosos.




Referência:


CUNHA, U e VEADO MAC- Fratura da extremidade proximal do fêmur em idosos: independência funcional e mortalidade em um ano. Revista de Ortopedia e Traumatologia, junho 2006,VOL 41, NO 6,p.195-199.


MAIA FOM, DUARTE YAO,LEBRAO ML et al Risk factors for mortality among elderly people. Revista Saúde Pública, Dec. 2006, vol.40, no.6, p.1049-1056.IBGE.