domingo, 12 de abril de 2009

Fisioterapia Preventiva

Hoje vamos abordar a importancia da Fisioterapia Preventiva de um modo geral e como a Fisioterapia atua na prevençao de patologias.

Síndrome do Imobilismo

A sindrome do imobilismo: é um conjunto de alteracões que ocorrem no indivíduo acamado por um período prolongado.Nos efeitos da imobilização são definidos como uma redução na capacidade funcional dos sistemas osteomusculares, tecido conjuntivo, tecido articular, sistema respiratório, sistema metabólico, sistemas gastrointestinais, sistemas genitourinarios entre outros.

Considera-se que de 7 a 10 dias seja um período de repouso, de 12 a15 dias já é considerada imobilização e a partir de 15 dias é considerado decúbito de longa duração.Para cada semana de imobilização completa no leito um paciente pode perder de 10 a 20% de seu nível inicial de força muscular.

Por volta de 4 semanas, 50% da força inicial pode estar perdida.

Sistema Musculoesqueléticos

Osteoporose
Fibrose
Redução de resistencia muscular
Atrofia
Fraqueza muscular
Contraturas

Tecido articular

O líquido sinovial lubrifica e nutre a cartilagem, mas necessita do movimento para que haja circulação dos nutrientes, síntese e degradação da matriz e estímulos aos sensores elétricos e mecânicos da articulação.Portanto, com a inatividade há atrofia da cartilagem com desorganização celular nas inserções ligamentares, proliferação do tecido fibrogorduroso e consequêntemente espessamento da sinóvia e fibrose capsular.


Tecido ósseo

Diminuição da massa óssea total devido ao aumento da atividade osteoclástica e diminuição da atividade osteoblásticaAumento da excreção de cálcio (máxima atividade osteoclástica em torno de 16 semanas).


Cardiovascular

Hipotensão ortostática
Alterações tromboembolíticas

Descondicionamento cardiovascular

Respiratório

Diminuição do mecanismo de tosse reflexa
Diminuição da atividade ciliar brônquica
PneumoniaEmbolia pulmonarAtelectasias

Gastrointestinal

Falta de apetite, redução da peristalse, causando absorção mais lenta de nutrientes causada por um alto nível de atividade adrenérgica.
Esse fator, junto com a perda de volume plasmático e desidratação que acompanham o repouso no leito, geralmente resulta em constipação.


Genitourinário

O esvaziamento da bexiga é comprometido pelo decúbito dorsal, devido a dificuldade de gerar pressão intra-abdominal nessa posição.Ocorre enfraquecimento dos musculos abdominais, restrição nos movimentos diafragmáticos e relaxamento incompleto do assoalho pélvico, provocando a retenção urinária parcial.


Prevenção

Estimular a movimentação no leito e a indepêndencia na s atividades. Estimular a deambulação (caminhada).Prevenir complicações pulmonares.Auxiliar na resolução de patologias pulmonares já instaladas.Promover um padrão respiratório mais eficaz.Evitar complicações circulatórias.Reduzir a dor. Manter força muscular e a amplitude de movimentos com exercicios.

Ulceras de Pressão


As alterações da integridade da pele que comumente resultam em lesões denominadas úlceras de pressão ( U.P.), escaras ou úlceras de decúbito, tem sido relatadas como sendo objeto de preocupação da equipe de saúde.Hoje sabe-se que algumas lesões são decorrentes de fatores inerentes à doença e ao estado do paciente de alto risco. No entanto a maior parte do problema pode ser evitado através do uso de materiais e equipamentos adequados para alívio da pressão, cuidados adequados com a pele e considerações com os aspectos nutricionais. Dados da literatura internacional estimam que entre 3% a 14% de todos os pacientes hospitalizados atualmente desenvolvem U.P.Nos portadores de problemas crônicos e residentes em asilos para idosos a incidência estimada é de 15% a 25%.Úlcera de pressão conhecida também como escara ou úlcera de decúbitoné definida como qualquer lesão causada por pressão não aliviada que resulta em danos nos tecidos subjacentes (tecido subcutâneo, músculo, articulações, ossos).
As úlceras de pressão geralmente ocorrem nas regiões de proeminências ósseas e são graduadas em estágios I, II, III e IV para classificar o grau de danos observados nos tecidos.

Estágio I
É um eritema da pele intacta que não embranquece após a remoção da pressão. Em indivíduos com a pele mais escura, a descoloração da pele, o calor, o edema ou o endurecimento também podem ser indicadores de danos.

Estágio II
É uma perda parcial da pele envolvendo a epiderme, derme ou ambas. A úlcera é superficial e apresenta-se como uma abrasão, uma bolha ou uma cratera rasa.

Estágio III
É uma perda da pele na sua espessura total, envolvendo danos ou uma necrose do tecido subcutâneo que pode se aprofundar, não chegando até a fáscia muscular. A úlcera se apresenta clinicamente como uma cratera profunda.

Estágio IV
É uma perda da pele na sua total espessura com uma extensa destruição ou necrose dos músculos, ossos ou estruturas de suporte como tendões ou cápsulas das juntas.

Escara
É o termo que antigamente era atribuído como sinônimo de úlcera de pressão porém inadequado pois, representa a crosta ou camada de tecido necrótico que pode estar cobrindo a lesão em estágios mais avançados.

Avaliaçao do paciente com risco de úlcera de pressão
Todos indivíduos em risco devem ter uma inspeção sistemática da pele pelo menos uma vez por dia prestando-se atenção particular às regiões de proeminência ósseas. Indivíduos restritos no leito ou na cadeira ou aqueles indivíduos que estão com dificuldade de se reposicionar devem ser avaliados para fatores adicionais que aumentam o risco para desenvolver úlcera de pressão. Os indivíduos devem ser avaliados no momento da admissão nas unidades de internação ou reabilitação hospitalares, nos asilos, nos programas de visita domiciliar e outras situações de cuidado de saúde.

Prevenção
A pele deverá ser limpa no momento que se sujar ou em intervalos de rotina.Diminuir os fatores ambientais que levam ao ressecamento da pele( frio, umidade baixa)Mudança de decúbito, de duas em duas horas.Mobilizaçao precoce Minimizar a exposição da pele à umidade devido a incontinência urinária, perspiração ou drenagem de feridas. As lesões da pele devido a fricção e força de cisalhamento devem ser minimizadas através de um posicionamento adequado e uso de técnicas corretas para transferência e mudança de decúbito.
Posicionamento adequado.
O uso de superfícies de suporte e alívio da carga mecânica.

O uso de superfícies de suporte e alívio da carga mecânica
Para indivíduos no leito, materiais de posicionamento como travesseiros ou almofadas de espuma devem ser usadas para manter as proeminências ósseas (como os joelhos ou calcanhares) longe de contato direto um com o outro ou com a superfície da cama, de acordo com um plano de cuidados por escrito.Qualquer indivíduo avaliado como estando em risco para desenvolver úlcera de pressão deve ser colocado em um colchão que redistribua o peso corporal e reduza a pressão como colchão de espuma, ár estático, ár dinâmico, gel ou água.Para indivíduos que ficam sentados em cadeiras é recomendado o uso de equipamentos para reduzir a pressão como aqueles feitos de espuma, gel, ar ou uma combinação destes. Não usar almofadas redondas em forma de anel ou argola.O posicionamento dos pacientes em cadeira devem incluir considerações com o alinhamento postural a distribuição do peso, o balanço e a estabilidade e o alívio da pressão.

Como vimos acima os efeitos deleterios da Sindrome do Imobilismo sao muitos e é de competencia do Fisioterapeuta usar de forma preventiva suas tecnicas para evitar complicações para uma qualidade de vida mais favoravel possivel para este paciente.

6 comentários:

  1. Olha, muito legal esse site.
    Espero que continue, porque varios começam e param de ser atualizados

    ResponderExcluir
  2. Showwwwwwwwww
    Estão de parabéns!!

    ResponderExcluir
  3. As figuras ajudaram bastante.

    ResponderExcluir
  4. Olá parabéns pelo texto. Estou terminando meu TCC com esse tema, vc tem algum material que possa me ajudar? Meu e-mail é mikafisio@gmail.com.
    Desde já agradeço.

    ResponderExcluir