terça-feira, 20 de novembro de 2012

SAIBA TUDO SOBRE ANEURISMA ARTERIAL


Os aneurismas são dilatações que podem ocorrer em qualquer artéria do corpo, sendo mais comum na aorta abdominal (ocorre em 5% dos homens com mais de 55 anos), seguidas das artérias poplíteas, femorais e intracranianas. Estima-se que cerca de 6% da população mundial sofra com o problema sem saber.
O aneurisma arterial pode ser uma doença perigosa, pois na maior parte dos casos não apresenta sintomas. Entretanto, ele pode se romper de forma súbita, causando sangramentos intensos, com graves consequências (até mesmo morte, dependendo do calibre da artéria comprometida pelo aneurisma).
Um vaso é considerado aneurismático quanto seu diâmetro apresentar dois ou mais desvios fora de seu curso normal. A dilatação do vaso pode ser difusa, ou seja, não localizada em um ponto específico, sendo essa condição é chamada de Arteriomegalia, que envolve vários segmentos da artéria, que tem seu diâmetro aumentado em mais de 50% do considerado normal. Quando a dilatação é menor do que 50% do que o diâmetro normal presumido recebe o nome de Ectasia.

Diagnóstico, Tratamento, Sequelas e Prevenção

Como o aneurisma arterial tende a ser uma doença silenciosa, o paciente pode não apresentar sintomas, o que dificulta seu diagnóstico. Contudo, em alguns casos, como em aneurismas da aorta abdominal, o paciente pode sentir dores abdominais, lombares ou falta de circulação nos membros inferiores.
Entretanto, se o aneurisma da aorta abdominal se romper, o paciente pode ser acometido por dores súbitas e intensas nas costas e abdômen inferior, náuseas, vômito, transpiração excessiva, tontura e batimento cardíaco rápido. A hemorragia decorrente do rompimento do aneurisma pode colocar a pessoa em choque circulatório, e risco de morte.
O aneurisma da aorta é diagnosticado a partir de exames clínicos e de imagem, como ultrassonografia, tomografia ou ressonância magnética. O tratamento da doença varia conforme o quadro clínico, o diâmetro e a localização do aneurisma, podendo ser cirúrgico convencional (que envolve uma incisão abdominal e troca da artéria doente por uma prótese), ou endovascular (no qual uma endoprótese é introduzida por um pequeno corte na virilha e guiada até o local do aneurisma), que é menos invasivo.
O aneurisma da aorta pode deixar sequelas graves, como embolia e trombos (coágulos) em diversos órgãos e vísceras, podendo causar falta de circulação nestes órgãos e, consequentemente, levar à necessidade de outras cirurgias de urgência.
Não existe tratamento clínico para o aneurisma da artéria, porém, todos os fatores de risco de ruptura ou que favorecem o crescimento acelerado do aneurisma devem ser controlados ou eliminados.
Fatores como hipertensão arterial sistêmica, doença pulmonar crônica, tabagismo, diabetes melito, lipidemias, obstipação intestinal, trauma abdominal, esportes de impacto e obesidade devem ser evitados.
Manter uma vida saudável, controlar o peso, optar por uma alimentação balanceada, praticar atividades físicas, evitar o fumo e consultar regularmente um médico são medidas simples que podem ajudar na prevenção de aneurismas.

EXERCÍCIO FÍSICO MELHORA FUNCIONAMENTO DO CÉREBRO APÓS AVC


Pesquisadores da Heart and Stroke Foundation of Canada, em Toronto, descobriram que apenas seis meses de exercício físico pode melhorar o funcionamento do cérebro em pacientes que sofreram acidente vascular cerebral (AVC).
A pesquisa mostra que a prática regular de atividade física melhorou a memória, linguagem e raciocínio em 50%.
"Pessoas que têm déficits cognitivos após derrame têm um risco três vezes maior de mortalidade. Se pudermos mesmo melhorar a cognição através de exercícios, o que também tem muitos benefícios físicos, então isto deve se tornar um padrão de atendimento para as pessoas após o AVC", afirma a pesquisadora Susan Marzolini.
Os pesquisadores avaliaram 41 pacientes, dos quais 70% apresentavam dificuldades de locomoção, andando com ajuda de uma bengala ou de um andador. Os participantes seguiram um programa de treinamento com exercícios aeróbicos e de resistência cinco dias por semana, adaptados para suas limitações.
A equipe de pesquisa descobriu melhorias significativas na função cerebral geral ao final do programa, com maior benefício para atenção, concentração, planejamento e organização. Força muscular e a capacidade de caminhar também aumentaram.
"Estes resultados fornecem evidências convincentes de que, melhorando o condicionamento cardiovascular através de exercício aeróbico e aumentando a massa muscular com o treinamento de resistência, as pessoas com AVC podem melhorar a saúde do cérebro", afirma Marzolini.

O QUE É REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR?


I. O que é um programa de Reabilitação Cardiovascular?
O programa de Reabilitação Cardiovascular é um conjunto de atividades necessárias para garantir e melhorar a condição física, mental e social das pessoas que possuem algum nível de limitação ou incapacidade funcional relacionada com as doenças cardiovasculares. As doenças como infarto do miocárdio, doenças coronarianas, insuficiência cardíaca, doenças valvares, cardiopatias congênitas e doenças das artérias e veias podem ser tratadas com este tipo de procedimento.
II. A Fisioterapia faz parte desse conjunto de atividades?
SIM, a Fisioterapia é parte integrante e importante nesse processo, pois atua em diferentes fases, e tem como objetivo principal proporcionar o desenvolvimento e a manutenção da capacidade de realizar exercícios físicos. Essas atividades são realizadas pelo Fisioterapeuta Cardiorrespiratório e a intensidade e a frequência dependerá do estado clínico dos pacientes que a realizarão.
III. Onde e como o FISIOTERAPEUTA CARDIORRESPIRATÓRIO atua no processo de Reabilitação Cardiovascular?
O Fisioterapeuta Cardiorrespiratório atua nos hospitais, dentro da unidade de terapia intensiva (UTI), junto aos pacientes que tiveram infarto do miocárdio ou foram submetidos a procedimentos cirúrgicos ("ponte de safena", angioplastia). Nesses casos o tratamento objetiva prevenir as possíveis complicações do infarto ou da cirurgia e promover a readaptação do paciente às atividades físicas básicas, como as empregadas na locomoção, alimentação e higiene. Quando o paciente vai para a enfermaria são incluídos outras atividades, como os treinos de caminhada, resistência, equilíbrio e alongamento. Tudo é realizado para que o paciente possa retomar suas atividades cotidianas com segurança.  O Fisioterapeuta Cardiorrespiratório também atua em clínicas e ambulatórios
IV. Quais atividades podem ser realizadas pelo Fisioterapeuta Cardiorrespiratório em clínicas ou ambulatórios?
Quando os pacientes saem do hospital, eles são orientados a permanecer realizando o recondicionamento físico em clínicas de fisioterapia ou ambulatórios. Os Fisioterapeutas Cardiorrespiratórios podem, então, realizar diferentes tipos de testes para avaliar a capacidade de realizar estes exercícios físicos. Alguns desses testes são realizados em conjunto com médicos cardiologistas e pneumologistas, e de acordo com os resultados encontrados são elaborados programas individuais de recondicionamento físico para que o paciente alcance seus objetivos de maneira segura e no menor período de tempo possível. No programa de recondicionamento físico são aplicados exercícios físicos do tipo aeróbio, como caminhada, corrida, ciclismo e atividades em piscinas, bem como exercícios de alongamento, fortalecimento muscular, equilíbrio e coordenação, que podem ser realizados individualmente ou em pequenos grupos.
V. Que atividades são realizadas para complementar o programa de recondicionamento físico na REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR ?
Para complementar as atividades de recondicionamento físico, são programadas atividades educacionais que objetivam a orientação dos pacientes e seus familiares em relação às doenças, aos hábitos de vida e fatores de risco, a inatividade física, o estresse, a alimentação e o hábito de fumar.
VI. O que determina o sucesso de um PROGRAMA DE REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR?
O sucesso da REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR depende das mudanças ocorridas nos hábitos de vida e na maior autonomia alcançada pelos pacientes para a realização de atividades físicas. Se as atividades são realizadas de maneira segura e eficaz, os pacientes apresentam uma maior chance de retornar às atividades habituais, sejam elas sociais ou relacionadas ao trabalho.
 
 




REABILITAÇÃO PULMONAR EM IDOSOS COM DPOC


As doenças respiratórias constituem importante causa de adoecimento e morte em idosos e crianças no mundo. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), estas doenças representam cerca de 8% do total de mortes em países desenvolvidos e 5% em países em desenvolvimento. A OMS estima ainda que, os idosos com DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica: enfisema ou bronquite crônica) vêm aumentando a cada dia, devido aos inúmeros fatores de risco: como o tabagismo, a poluição do ar, e os números alarmantes de infecções.
A DPOC ou Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica é uma doença crônica dos pulmões que diminui a capacidade para a respiração. Na DPOC há uma obstrução ao fluxo de ar, que ocorre, na maioria dos casos, devido ao tabagismo de longa data. Esta limitação n o fluxo de ar não é completamente reversível e, geralmente, vai progredindo com o passar dos anos.
Os sintomas típicos de DPOC são: tosse, produção de catarro e encurtamento da respiração. Algumas pessoas desenvolvem uma limitação gradual aos exercícios, mas a tosse somente aparece eventualmente. Outros costumam ter tosse com expectoração (catarro) durante o dia, principalmente pela manhã, e tem maior facilidade de contrair infecções respiratórias. Neste caso, a tosse piora, o escarro (catarro) torna-se esverdeado ou amarelado, e a falta de ar poderá piorar, surgindo, às vezes, chiado no peito (sibilância). À medida que os anos passam e a pessoa segue fumando, a falta de ar vai evoluindo. Pode começar a aparecer com atividades mínimas, como se vestir ou se pentear, por exemplo. Algumas pessoas com DPOC grave poderão apresentar uma fraqueza no funcionamento do coração, com o aparecimento de inchaço nos pés e nas pernas.
Esses tipos de idosos se beneficiam do programa de Reabilitação Pulmonar, caracterizado pela combinação de exercício físico e educação. Esse programa é organizado por uma equipe multiprofissional composta por médicos, fisioterapeutas, psicólogo, terapeuta ocupacional e enfermeiro.
Os benefícios desse programa são inúmeros, como: melhoria na qualidade de vida, redução da ansiedade e depressão, melhoria na tolerância ao exercício, redução da falta de ar e outros sintomas associados, habilidade melhorada para realização de atividades de vida diária, entre outros. O programa de exercício é composto por treinamento muscular periférico, como os braços e pernas, que melhoram indiretamente os músculos respiratórios, diminuindo a falta de ar.
A fisioterapia exerce a função de escolher os melhores exercícios para cada idoso, nesse caso, os melhores exercícios são as caminhadas em esteiras ou exercícios em bicicleta ergométrica, exercícios de alongamentos e relaxamento muscular, exercícios com pesos em braços e pernas, conforme a capacidade e tolerância de cada indivíduo.
Além dos exercícios, a fisioterapia tem a função de esclarecer as dúvidas dos idosos quanto à doença, assim como, quanto a possibilidade de realizar exercícios em casa, e ensinar técnicas de como realizar as atividades do dia-a-dia sem gastar muita energia, evitando a falta de ar.
Um programa de reabilitação bem feito e com aderência do idoso e familiar, promove um condicionamento físico, diminui a falta de ar e oferece maior independência para esse indivíduo.

A RESPIRAÇÃO, TROCAS GASOSAS E CAPACIDADE PULMONAR


A respiração envolve um complexo processo bioquímico, por meio do qual as células desdobram substancias orgânicas para obter energia, o que é feito no hialoplasma e nas mitocôndrias. Na fisiologia, veremos a respiração quanto aos mecanismos de obtenção, difusão transporte e eliminação de gases respiratórios, realizados através dos órgãos respiratórios e de suas ligações com o sistema cardiovascular

As etapas são as seguintes:
· Trocas gasosas nos órgãos respiratórios;
· Transportes de gases pelo sangue;
· Trocas gasosas nos tecidos.

A solubilidade dos gases
Os gases nitrogênio, oxigênio e carbono difundem-se a partir da superfície de um liquido exposto ao ar atmosférico e nele se mantêm, num certo grau de dissolução.
Quanto maior a temperatura do liquido menor será a solubilidade do gás nele. Nitrogênio, oxigênio e gás carbônico apresentam solubilidade crescente na água. O gás carbônico é cerca de trinta vezes mais solúvel em água do que o oxigênio. O nitrogênio embora bem menos solúvel, encontra-se em alta taxa no plasma sangüíneo.

O sistema respiratório
O sistema respiratório é basicamente um conjunto de canais cujas ultimas e finas ramificações, os bronquíolos terminam em câmaras microscópicas, os alvéolos.
Os pulmões são dois sacos róseos, infláveis, protegidos por duas membranas, as pleuras, entre elas há uma fina camada de liquido viscoso, que lhe permite escorregar uma sobre a outra durante os movimentos respiratórios.
Os dois pulmões ocupam a cavidade torácica, limitada pelos ossos da caixa torácica e, inferiormente, por um músculo membranoso, o diafragma que separa o tórax do abdome.

Os movimentos respiratórios


Os movimentos de expiração e inspiração depende da ação dos músculos intercostais e do diafragma. Simultaneamente o diafragma se contrai e abaixa, determinando a expansão da caixa no plano vertical. Com isso, aumenta o volume interno do tórax e diminui a pressão sobre os pulmões, que se dilatam, recebendo ar do exterior. É a inspiração. Na expiração, os músculos relaxam, o volume interno da caixa torácica diminui, aumenta a pressão sobre as paredes pulmonares e há expulsão do ar.

As trocas respiratórias
Na hematose o oxigênio passa dos alvéolos para o sangue, e o gás carbônico, do sangue para os alvéolos. Os gases se difundem no sentido da maior para a menor concentração.
A difusão se da através de duas camadas celulares que separam o ar alveolar do plasma sangüíneo. Uma é o epitélio pavimentoso dos próprios alvéolos e a outra é o endotélio dos capilares que se envolvem esses alvéolos.

O transporte de gases

Oxigênio e gás carbônico são solúveis em água. Ocorre que, no sangue, eles existem em muito maior concentração do que na água. Em 100 mL de água, ou de plasma, podem estar dissolvidos 0,5 mL de oxigênio, enquanto 100 mL de sangue dissolvem 20 mL de oxigênio. Esta demonstrado que 15 g de hemoglobina em 100 mL de água também podem conter 20 mL de oxigênio, o que nos permite concluir que esse pigmento transporta praticamente todo o oxigênio.

A hematose pulmonar

A hematose pulmonar é um processo químico-molecular que visa a estabilização das trocas gasosas - oxigênio x gás carbônico - a fim de manter o equilíbrio ácido básico, ou seja, é a troca gasosa (oxigênio por dióxido de carbono) que se realiza ao nível dos alvéolos pulmonares.
Hemoglobina + 0² > Oxiemoglobina > Células > Hemoglobina + CO² > Carbohemoglobina > Alvéololos pulmonares > Hemoglobina + O²





A regulação do ritmo respiratório
Nas artérias carótidas e na aorta existem regiões com receptores nervosos sensíveis a variações das taxas de gases no sangue. Se houver uma grande queda de O² no sangue, esses receptores mandam impulsos ao centro respiratório, localizado no bulbo, que envia estímulos aos músculos intercostais e ao diafragma, para acelerar o ritmo dos movimentos respiratórios, melhorando o suprimento de O² nos tecidos.
Outro mecanismo, prioritário, funciona por estimulo direto do centro respiratório, que é muito sensível a variação da tensão de CO² do sangue que circula pelo bulbo. Se essa tensão é alta, o centro respiratório envia impulsos nervosos para acelerar os movimentos respiratórios.

A capacidade pulmonar

O volume total de ar que cabe no sistema respiratório é a capacidade pulmonar total e corresponde, num adulto, a mais ou menos 6 litros. A cada movimento respiratório de uma pessoa em repouso, os pulmões trocam com o meio exterior apenas 0,5 litro de ar, que é o chamado volume ou ar corrente. Só certo de 70% desse volume chega aos alvéolos, ficando o restante nas vias aéreas, o chamado especo morto, pois ai não há trocas gasosas.
Ao realizar uma inspiração e expiração forçada, o volume de ar que expelimos pode chegar a cerca de 4,5 ou 5 litros. Esse volume é a capacidade vital , que pode ser medida num aparelho especial, o espirômetro. No entanto por mais intensa que seja a expiração ela não permite um esvaziamento completo dos pulmões, sobrando sempre neles um volume de ar residual, cerca de 1,2 a 1,5 litros.

BOA POSTURA EVITA DORES ARTICULARES


Muitas vezes negligenciamos as dores sentidas no dia a dia, aquelas provocadas por movimentos excessivos ou resultantes do cansaço do trabalho e achamos que estas logo passarão. Porém as dores são um alerta para o nosso corpo, indicando que alguma coisa está errada e precisa ser corrigida, por exemplo: a postura de sentar diante um computador.
É normal, sentirmos dores ou algum tipo de desconforto após uma atividade prolongada ou que estimule os movimentos repetitivos, afinal de contas acabamos sobrecarregando estruturas por um longo tempo sem dar o devido descanso a estas estruturas, porém você não precisa sofrer com este tipo de dor, algumas mudanças nos seus hábitos de vida podem evitar o aparecimento destes desconfortos e dores.
Atitudes simples, realizadas no dia a dia, durante o período de trabalho, ou de lazer podem tornar a sua vida mais agradável, mantendo você distante de dores e desconfortos e impedindo a instalação de futuros problemas. Com o conhecimento correto da biomecânica articular é possível aliviar o estresse, o qual é colocado diariamente sobre nossa estrutura músculo-esquelética, isso facilita o trabalho do corpo, impede o aparecimento de dores e evita o aparecimento de lesões causadas pelo uso incorreto das estruturas exigidas.
  • Sempre quando for levantar se da cama, levante se de lado, apoiando os braços, e colocando as pernas para fora da cama.
  • Ao levantar se de uma cadeira, use a força das pernas. Tente elevar se ereto, deixando a sua coluna livre de sobrecarga.
  • Não sente com a coluna relaxada, se precisar use um suporte para a região lombar.
  • Não fique muito tempo, em uma mesma posição, por exemplo: em pé, sentado, diante de um computador, procure sempre alternar as posições de sua atividade diária.
  • Evite trabalhar usando movimentos de torção (movimentos que rodam o tronco).
  • Evite levantar pesos do chão com o tronco flexionado.
  • Evite dobrar o corpo enquanto trabalha.
  • Ao caminhar, ande ereto mantendo o olhar na linha do horizonte, se possível com a musculatura abdominal contraída.

CAUSAS E TRATAMENTO DA ARTRITE


O termo artrite significa "inflamação nas juntas", pode ocorrer em uma ou várias articulações, sendo caracterizada por dor, edema e vermelhidão na articulação acometida.
A artrite é uma das mais comuns manifestações das doenças reumatológicas, sendo descritas mais de 100 doenças que podem causá-la. Pode acometer crianças, adultos e idosos nas suas mais diferentes formas com evolução, de acordo com a patologia causadora, em aguda ou crônica.
· Causas
Das inúmeras causas de artrites podemos citar as formas agudas como as artrites virais, infecciosas e traumáticas e as crônicas normalmente relacionadas a alterações do sistema imunológico, principalmente as doenças reumatológicas.
A osteoartrite ("artrose"), uma das mais frequentes, acomete geralmente os joelhos, colunas, quadris e as mãos causando um desgaste destas articulações. Ocorre com maior frequência nos idosos, podendo acometer também pessoas mais jovens.
A mais conhecida causa de artrite, sem dúvida alguma, é a artrite reumatóide que atinge cerca de 1% da população mundial, com maior frequência as mulheres. Acomete preferencialmente as articulações das mãos, punhos, joelhos e pés existindo desde formas mais leves a agressivas da doença sendo necessário diagnóstico e tratamento precoces para prevenção de deformidades.
Em crianças, a artrite reumatóide juvenil é a forma mais comum; podendo atingir desde a infância até a adolescência com sintomas um pouco diferentes da artrite reumatóide do adulto. Não se conhecem suas causas, mas acredita-se que exista uma transmissão genética "familiar" da doença.
A gota ocorre com maior frequência em homens sendo ocasionada devido ao aumento do ácido úrico no sangue, levando ao acúmulo desta substância nos tecidos, particularmente nas articulações, desencadeando a "artrite gotosa".
Das doenças do sistema imunológico, o lúpus eritematoso sistêmico é a mais clássica devido à diversidade de sintomas e órgãos do corpo que podem ser acometidos. Afeta com maior freqüência as mulheres jovens em idade fértil. Normalmente a artrite do lúpus é discreta com menos dor, limitação e deformidade nas articulações acometidas.
Dentre outras causas podemos citar a espondilite aquilosante, artrite reativa, artrite relacionada à psoríase e síndrome de Sjogren.
Tratamento
O tratamento da artrite depende da causa desencadeante. Deve ser individualizado para cada paciente podendo ser prescritos medicamentos antiinflamatórios e analgésicos, e em alguns casos: corticosteróides, compostos imunossupressores (por exemplo, azatioprina, metotrexato, leflunomide, cloroquina e sulfassalazina) e medicações biológicas, os chamados biológicos: Remicade®, Humira®, Enbrel®, Mabthera®,Orencia® e recentemente, Actemra®.
Em alguns casos podem ser necessárias intervenções não-farmacológicas, como fisioterapia, redução de peso, terapias na água e exercícios físicos supervisionados.
O objetivo do tratamento da artrite consiste em reduzir a dor e inflamação da articulação ("junta") acometida, melhorando a função da mesma.
O tratamento da artrite, devido as suas inúmeras causas desde doenças locais da articulação a doenças sistêmicas, deve ser individualizado. Daí a importância do seu diagnóstico e tratamento ser realizado por um profissional especializado, na maior parte dos casos o reumatologista.