terça-feira, 20 de novembro de 2012

BOA POSTURA EVITA DORES ARTICULARES


Muitas vezes negligenciamos as dores sentidas no dia a dia, aquelas provocadas por movimentos excessivos ou resultantes do cansaço do trabalho e achamos que estas logo passarão. Porém as dores são um alerta para o nosso corpo, indicando que alguma coisa está errada e precisa ser corrigida, por exemplo: a postura de sentar diante um computador.
É normal, sentirmos dores ou algum tipo de desconforto após uma atividade prolongada ou que estimule os movimentos repetitivos, afinal de contas acabamos sobrecarregando estruturas por um longo tempo sem dar o devido descanso a estas estruturas, porém você não precisa sofrer com este tipo de dor, algumas mudanças nos seus hábitos de vida podem evitar o aparecimento destes desconfortos e dores.
Atitudes simples, realizadas no dia a dia, durante o período de trabalho, ou de lazer podem tornar a sua vida mais agradável, mantendo você distante de dores e desconfortos e impedindo a instalação de futuros problemas. Com o conhecimento correto da biomecânica articular é possível aliviar o estresse, o qual é colocado diariamente sobre nossa estrutura músculo-esquelética, isso facilita o trabalho do corpo, impede o aparecimento de dores e evita o aparecimento de lesões causadas pelo uso incorreto das estruturas exigidas.
  • Sempre quando for levantar se da cama, levante se de lado, apoiando os braços, e colocando as pernas para fora da cama.
  • Ao levantar se de uma cadeira, use a força das pernas. Tente elevar se ereto, deixando a sua coluna livre de sobrecarga.
  • Não sente com a coluna relaxada, se precisar use um suporte para a região lombar.
  • Não fique muito tempo, em uma mesma posição, por exemplo: em pé, sentado, diante de um computador, procure sempre alternar as posições de sua atividade diária.
  • Evite trabalhar usando movimentos de torção (movimentos que rodam o tronco).
  • Evite levantar pesos do chão com o tronco flexionado.
  • Evite dobrar o corpo enquanto trabalha.
  • Ao caminhar, ande ereto mantendo o olhar na linha do horizonte, se possível com a musculatura abdominal contraída.

CAUSAS E TRATAMENTO DA ARTRITE


O termo artrite significa "inflamação nas juntas", pode ocorrer em uma ou várias articulações, sendo caracterizada por dor, edema e vermelhidão na articulação acometida.
A artrite é uma das mais comuns manifestações das doenças reumatológicas, sendo descritas mais de 100 doenças que podem causá-la. Pode acometer crianças, adultos e idosos nas suas mais diferentes formas com evolução, de acordo com a patologia causadora, em aguda ou crônica.
· Causas
Das inúmeras causas de artrites podemos citar as formas agudas como as artrites virais, infecciosas e traumáticas e as crônicas normalmente relacionadas a alterações do sistema imunológico, principalmente as doenças reumatológicas.
A osteoartrite ("artrose"), uma das mais frequentes, acomete geralmente os joelhos, colunas, quadris e as mãos causando um desgaste destas articulações. Ocorre com maior frequência nos idosos, podendo acometer também pessoas mais jovens.
A mais conhecida causa de artrite, sem dúvida alguma, é a artrite reumatóide que atinge cerca de 1% da população mundial, com maior frequência as mulheres. Acomete preferencialmente as articulações das mãos, punhos, joelhos e pés existindo desde formas mais leves a agressivas da doença sendo necessário diagnóstico e tratamento precoces para prevenção de deformidades.
Em crianças, a artrite reumatóide juvenil é a forma mais comum; podendo atingir desde a infância até a adolescência com sintomas um pouco diferentes da artrite reumatóide do adulto. Não se conhecem suas causas, mas acredita-se que exista uma transmissão genética "familiar" da doença.
A gota ocorre com maior frequência em homens sendo ocasionada devido ao aumento do ácido úrico no sangue, levando ao acúmulo desta substância nos tecidos, particularmente nas articulações, desencadeando a "artrite gotosa".
Das doenças do sistema imunológico, o lúpus eritematoso sistêmico é a mais clássica devido à diversidade de sintomas e órgãos do corpo que podem ser acometidos. Afeta com maior freqüência as mulheres jovens em idade fértil. Normalmente a artrite do lúpus é discreta com menos dor, limitação e deformidade nas articulações acometidas.
Dentre outras causas podemos citar a espondilite aquilosante, artrite reativa, artrite relacionada à psoríase e síndrome de Sjogren.
Tratamento
O tratamento da artrite depende da causa desencadeante. Deve ser individualizado para cada paciente podendo ser prescritos medicamentos antiinflamatórios e analgésicos, e em alguns casos: corticosteróides, compostos imunossupressores (por exemplo, azatioprina, metotrexato, leflunomide, cloroquina e sulfassalazina) e medicações biológicas, os chamados biológicos: Remicade®, Humira®, Enbrel®, Mabthera®,Orencia® e recentemente, Actemra®.
Em alguns casos podem ser necessárias intervenções não-farmacológicas, como fisioterapia, redução de peso, terapias na água e exercícios físicos supervisionados.
O objetivo do tratamento da artrite consiste em reduzir a dor e inflamação da articulação ("junta") acometida, melhorando a função da mesma.
O tratamento da artrite, devido as suas inúmeras causas desde doenças locais da articulação a doenças sistêmicas, deve ser individualizado. Daí a importância do seu diagnóstico e tratamento ser realizado por um profissional especializado, na maior parte dos casos o reumatologista.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Parada cardiorrespiratória


PARADA RESPIRATÓRIA

É a supressão súbita dos movimentos respiratórios, podendo ser acompanhado ou não de parada cardíaca;
Diagnóstico:
- Ausência de movimentos respiratórios;
- Cianose (cor azul arroxeada dos lábios, unhas, não obrigatória);
- Dilatação das pupilas (não obrigatória);
- Inconsciência.
Seqüência no atendimento:
Elevação do queixo - Os dedos de uma das mãos são colocados abaixo do queixo, o qual é suavemente tracionado para cima, elevando-o anteriormente.
O polegar da mesma mão deprime o lábio inferior para abrir a boca.
O polegar pode também ser colocado atrás dos incisivos inferiores, enquanto simultaneamente o queixo e suavemente levantado. Se a respiração boca a boca é necessária, as narinas são fechadas com o polegar e o indicador da outra mão;
Tração da mandíbula - Localizam-se os ângulos da mandíbula e traciona-se a mandíbula para frente. Se os lábios se fecham o inferior pode ser retraído com o polegar.
Se a respiração boca a boca é necessária, devemos fechar as narinas, colocando a bochecha contra elas, obstruindo-as.

Respiração boca a boca:

Tomadas às medidas anteriores colocar a boca com firmeza sobre a boca da vítima. Assoprar para dentro da boca da vítima até notar que o seu peito está se mobilizando.
A seguir, deixar a vítima expirar livremente. Devemos repetir este procedimento de 15 a 20 vezes por minuto.

Respiração boca-nariz:

Colocar a boca sobre o nariz e feche a boca da vítima. Em crianças podemos colocar a boca sobre o nariz e a tomando o cuidado de não expirar com excessiva pressão.

PARADA CARDÍACA:

O Coração para de bombear o sangue para o organismo que, desta forma, deixa de transportar oxigênio para os tecidos;
Diagnóstico:
Ausência de pulso (radial, femural e carotídeo);
Pele fria, azulada ou pálida;
Parada respiratória (freqüente mas não obrigatória);
Inconsciência;
Dilatação das pupilas (freqüente, mas não obrigatória);
Na duvida, proceda como se fosse.
Seqüência no atendimento:
1- Coloque a vitima deitada de costas sobre uma superfície dura;
2- Coloque suas mãos sobrepostas no terço inferior do esterno;
3- Faça compressão sobre o esterno, de encontro à coluna;
4- Após recuperação dos batimentos cardíacos, leve imediatamente a vitima ao hospital.
Atendimento:
Devemos fazer 30 compressões torácicas para 2 insuflações pulmonares, num ritmo de 100 compressões por minuto, contando em voz alta: "e um, e dois, e três, e 4, e 5, e 6, e ..., ventila!, ventila!", portanto se a equipe trabalhar adequadamente, pelo menos 04 ciclos deve-se completar a cabo de cada minuto de RCP.

Parada CárdioRespiratória

Parada cardiorrespiratória

É a ausência das funções vitais, movimentos respiratórios e batimentos cardíacos. A ocorrência isolada de uma delas só existe em curto espaço de tempo; a parada de uma acarreta a parada da outra.
A parada cardiorrespiratória leva à morte no período de 3 a 5 minutos.
Sinais e sintomas
Inconsciência;
Ausência de movimentos respiratórios e batimentos cardíacos.


Freqüência respiratória por minuto
HOMEM 15 A 20 RESPIRAÇÕES
MULHER 18 A 20 RESPIRAÇÕES
CRIANÇA 20 A 25 RESPIRAÇÕES
LATENTE 30 A 40 RESPIRAÇÕES
Freqüência cardíaca em batimentos por minuto
HOMEM 60 A 70 BATIMENTOS
MULHER 65 A 80 BATIMENTOS
CRIANÇA 120 A 125 BATIMENTOS
LATENTE 125 A 130 BATIMENTOS

Parada cardiorrespiratória

Como localizar o coração
Parada CárdioRespiratória
Reanimação cárdio pulmonar
1 ou 2 Socorristas
Parada CárdioRespiratória

Tipos de Fratura

Para que possamos definir os tipos de fraturas, primeiramente vamos verificar o que significa o termo fratura, que é a quebra ou ruptura dos ossos, causada por um impacto de intensidade variável. Os ossos embora muito resistentes, tem naturalmente uma capacidade de deformação para que possam absorver impactos, voltando à sua forma original, quando o agente causador se dissipar.
No entanto,cada tipo de acidente poderá trazer aos ossos um tipo de resultado de maior ou menor dano. Como por exemplo: em acidentes menores poderá não haver a “fratura”, mas apenas uma “trinca”, ou os ossos podem despedaçar-se em impactos maiores, podendo chegar ao grau de fraturas de maior intensidade, como “as expostas”, perigosas pelo fato de que se não tratadas adequadamente e rapidamente poderão levar à uma infecção.

O que caracteriza uma fratura?
1) Incapacidade total ou parcial de movimentos
2) Dificuldade e dor aos movimentos
3) Observação de inchaço na área atingida
4) Posição anormal do membro atingido
5) Traumatismos

Classificação das fraturas
Podem ser classificadas da seguinte forma:
1) de acordo com a direção da linha da fratura
2) conforme a localização anatômica
3) de acordo com a forma linear ou cominutiva
Quanto ao tipo, podem ser:
1) Múltiplas
2) Por encurtamento e torção
3) Completa e incompleta (quando a estrutura óssea é lesionada na sua totalidade ou apenas em parte).
4) De impacto, oblíquas, epifisárias, penetrantes
5) Por fadiga (stress, comum em atletas)
6) Fechadas ou abertas (Não expostas ou expostas)
Chamamos de fraturas “expostas ou abertas”, quando rompem-se a pele e tecidos expondo o osso ao ambiente exterior. E são denominadas “fechadas ou não expostas” quando sente-se que o osso está apenas “desnivelado” mas não rompeu a pele.
Existem ainda os tipos de fraturas por fadiga ou esforço, quando o indivíduo submete-se à esforços além de sua capacidade, fatigando a estrutura óssea podendo assim ocorrer o rompimento. E as fraturas ditas patológicas, causadas por patologias pré-existentes, as quais poderão enfraquecer um osso que teria condições normais.

Tratamento
Inicialmente cabe aqui dizer, que o sucesso do tratamento em casos de fraturas independente do tipo dependerá de forma intensificada da colaboração do acidentado. Serão necessários exames radiográficos combinados com a avaliação médica, para confirmar-se uma fratura,e classificar-se o tipo, recomendando-se em seguida o imediato tratamento.
Para cada caso, existem soluções e métodos diferentes, tais como: Braces, Fixação externa, Tração, Imobilização gessada, etc. Muito importante lembrar que fatores como localização, gravidade, tipo de fratura, condições físicas do acidentado e avaliação conjunta entre médico e paciente, farão com que se busque a melhor opção de tratamento e conseqüentemente um melhor restabelecimento da saúde.

Plasticidade Neuronal


 A neuroplasticidade refere-se à capacidade do sistema nervoso de alterar algumas das propriedades morfológicas e funcionais em resposta a alterações do ambiente, é a adaptação e reorganização da dinâmica do sistema nervoso frente as alterações.
A plasticidade nervosa não ocorre apenas em processos patológicos, mas assume também funções extremamente importantes no funcionamento normal do indivíduo. 
Graças a esta capacidade é que, crianças que sofreram acidentes, às vezes gravíssimos, com perda de massa encefálica, déficits motores, visuais, de fala e audição, vão se recuperando gradativamente e podem chegar à idade adulta sem seqüelas.
Formas de plasticidade:
n  Regenerativa:consiste no recrescimento dos axônios lesados.É mais comum no sistema nervoso periférico.
n  Axônica:ou plasticidade ontogenética,ocorre de zero a 2 anos de idade,é a fase crítica,fundamental para desenvolvimento do SN.
n  Sináptica:Capacidade de alterar a sinapse entre as células nervosas.
n  Dendrítica:Alterações no número,no comprimento,na disposição espacial e na densidade das espinhas dendríticas,ocorre principalmente nas fases iniciais do desenvolvimento do indivíduo.
n  Somática:Capacidade de regular a proliferação ou morte de células nervosas.Somente o sistema nervoso embrionário é dotado dessa capacidade.
Plasticidade e Desenvolvimento 
           O grau de plasticidade neural varia com a idade do individuo. Durante o desenvolvimento o sistema nervoso é mais plástico, principalmente as fases denominadas de períodos críticos que é mais susceptível a transformações. 
          Ao nascimento os órgãos do sistema nervoso já estão praticamente formados anatomicamente, embora as sinapses não estejam estabelecidas.       
Daí a importância da maturação nervosa para a aprendizagem: aprender significa ativar sinapses normalmente não utilizada. 
Mecanismo de recuperação funcional após lesões cerebrais:
A lesão promove no SNC vários eventos simultâneos:
Num primeiro momento, as células traumatizadas liberam seus aminoácidos e  neurotransmissores, os quais, em alta concentração, tornam os neurônios mais excitados e mais vulneráveis à lesão.  
Neurônios muito excitados podem liberar o neurotransmissor glutamato, o qual alterará o equilíbrio do íon cálcio e induzira seu influxo para o interior das células nervosas, ativando varias enzimas que são tóxicas e levam os neurônios à morte, o que é chamado de excitotoxicidade. 
Após o evento lesivo, ocorre também a ruptura de vasos sanguíneos e/ou isquemia cerebral, diminuindo os níveis de oxigênio e glicose, que são essenciais para a sobrevivência de todas as células.
A falta de glicose gera insuficiência da célula nervosa em manter seu gradiente transmembrânico, permitindo a entrada de mais cálcio para dentro da célula, ocorrendo um efeito cascata.
 A lesão promove, três situações distintas: uma em que o corpo celular do neurônio foi atingido e ocorre a morte do neurônio, sendo, neste caso, o processo irreversível; o corpo celular esta integro e seu axônio esta lesado ou o neurônio se encontra em um estagio de excitação diminuído.
Mecanismo de recuperação funcional após lesões cerebrais
As variáveis que afetam a recuperação funcional são: localização de lesão; extensão e severidade do comprometimento neuropsicológico, etiologia e curso de progressão do processo patológico, idade de inicio, tempo transcorrido desde de o inicio do quadro, variações na organização cerebral das funções, condições ambientais, estilo de vida, fatores agravantes internos ou externos.
Atividades motoras sobre a neuroplasticidade
A reorganização neural é um objetivo preliminar da recuperação neural para facilitar a recuperação da função e pode ser influenciada pela experiência, comportamento, prática de tarefas  em resposta as lesões cerebrais.
 Um consenso na literatura sobre a plasticidade cerebral é que o aprendizado de determinada atividade ou a somente prática da mesma, desde que não seja simples repetição de movimentos, induza mudanças plásticas e dinâmicas no sistema nervoso central (SNC).
Plasticidade Cerebral 
O SNC é altamente “plástico” essa característica permanece durante toda a vida,em condições normais ou patológicas .
O córtex motor pode reorganizar-se em resposta ao treinamento de tarefas motoras especializadas depois de uma lesão isquêmica localizada. 
Acredita-se que regiões corticais não lesadas assumam a função perdida da área danificada.
   O fisioterapeuta irá atuar treinando as funções motoras para prevenir futuras perdas de tecido de áreas corticais adjacentes à lesada,e direcionar o tecido intacto a assumir a função do tecido danificado.
•         Os exercícios  estimulam a sinaptogênese e promover crescimento de espinhos dendríticos no córtex.
•         O exercício pode então aumentar a neurogênese ,a plasticidade sináptica e o aprendizado. 
Quando iniciar a fisioterapia
Nas primeiras horas após lesão tão logo o paciente esteja estável.Deve-se iniciar com exercícios físicos passivo e ativo-assistido e ativo de intensidade leve e moderada afim de reduzir eventos vasculares tromboembólicos,pneumonias,escaras, etc
Repetição da Atividade
O aprendizado motor utiliza memória não- declarativa (adquirida em virtude de treinamento).
   Assim para aprender um ato motor é necessário treinar inúmeras vezes e de diversas maneiras determinada ação para  que esta se fixe. 
 
Fenômeno do “não-uso aprendido”
 Com a perda da função de uma área do cérebro atingida pelo AVC, o paciente não consegue mover o membro mais afetado, compensa usando o outro.
Após um certo tempo, quando os efeitos da lesão não estão mais presentes e ocorreram readaptações no cérebro, os movimentos poderiam ser recuperados, no entanto, o paciente já “aprendeu” que aquele membro não é mais funcional.
Conclusão
O cérebro humano está constantemente sofrendo alterações e este é um dos motivos que dificulta o entendimento de seus mecanismos, como a regulação da neuroplasticidade após a lesão. 
Por isso mais pesquisas, precisam ser realizadas para uma melhor compreensão das mudanças plásticas durante a recuperação das funções nervosas.

Lombalgia


O que é Lombalgia?

A lombalgia acontece quando uma pessoa tem dor na região lombar, ou seja, na região mais baixa da coluna perto da bacia. É também conhecida como "lumbago", "dor nas costas", "dor nos rins" ou "dor nos quartos". Não é uma doença, é um tipo de dor que pode ter diferentes causas, algumas complexas. No entanto, na maioria das vezes, o problema não é sério. Algumas vezes, a dor se irradia para as pernas com ou sem dormência.
O que é lombalgia?

Causas

Frequentemente, o problema é postural, isto é, causado por uma má posição para sentar, se deitar, se abaixar no chão ou carregar algum objeto pesado. Outras vezes, a lombalgia pode ser causada por inflamação, infecção, hérnia de disco, escorregamento de vértebra, artrose (processo degenerativo de uma articulação) e até problemas emocionais.
Dor nas costas - Foto Getty ImagesA lombalgia tem como principais causas a má postura, inflamações e hérnia de disco

Tipos

Há dos tipos de lombalgia: aguda e crônica. A forma aguda é o "mau jeito". A dor é forte e aparece subitamente depois de um esforço físico. Ocorre na população mais jovem. A forma crônica geralmente acontece entre os mais velhos; a dor não é tão intensa, porém, é quase permanente.

Diagnóstico de Lombalgia

Nem sempre é preciso fazer exames como a ressonância magnética. Em mais de 90% das vezes, o diagnóstico e a causa são estabelecidos com uma boa conversa com o paciente e com um exame físico bem feito. Em caso de dúvida, o passo seguinte é a radiografia simples. A densitometria é um exame usado na osteoporose, porém osteoporose não provoca dor. O que dói é a fratura espontânea de uma vértebra enfraquecida pela osteoporose. Portanto, na maioria das vezes, a densitometria não é necessária nos casos de lombalgia.

Tratamento de Lombalgia

Na crise aguda de lombalgia, o exercício está totalmente contraindicado. Deve-se fazer repouso absoluto, deitado na cama. Uma alternativa é deitar de lado em posição fetal (com as pernas encolhidas). Não estão indicados na fase aguda: tração, manipulação, RPG, cinesioterapia, alongamento e massagem.
Os analgésicos e os anti-inflamatórios podem ser usados. Sedativos são úteis para ajudar a manter o paciente em repouso no leito. Existem outras substâncias muito usadas, porém sem nenhuma eficácia científica comprovada, tais como: vitamina B12, cortisona, cálcio, gelatina de peixe, casca de ovo, casca de ostra e geleia de tubarão. Nenhuma delas tem efeito comprovado. Nota-se que, quanto mais bem feito o repouso, menos medicamentos são necessários. Obviamente, deve-se tratar a causa da lombalgia.
Nem todos os casos de hérnia de disco têm de ser operados. Quase todos regridem com repouso no leito, sem necessidade de cirurgia. Assim, a hérnia murcha e deixa de comprimir estruturas importantes, como os nervos. O tratamento cirúrgico está indicado apenas nos 10% dos casos em que a crise não passa entre três a seis semanas, em pacientes que têm crises repetidas em um curto espaço de tempo ou quando existem alterações esfincterianas (perda de controle para urinar e defecar).
Enquanto, no adulto, a maioria das lombalgias tem causas e tratamentos simples, a dor lombar no adolescente é incomum e com causas que devem ser investigadas cuidadosamente pelo médico ortopedista.

Prevenção

Muitos fatores são importantes para evitar que uma lombalgia aguda se torne crônica. A correção postural, principalmente na maneira de se sentar no trabalho e na escola é essencial. Na fase aguda, a ginástica não é indicada, porém, após o final da crise, a prática regular de exercícios físicos apropriados é importante. Quando fizer exercício com pesos na ginástica, proteja a coluna deitando ou sentando com apoio nas costas. Sempre evitar carregar peso. Não permanecer curvado por muito tempo. Quando se abaixar no chão, dobrar os joelhos e não dobrar a coluna. Evitar usar colchão mole demais ou excessivamente duro, principalmente se o indivíduo é muito magro. Para outros esclarecimentos, consulte o seu médico ortopedista.


Estresse e dores nas costas estão fortemente ligados


Existe uma forte conexão entre o estresse e as dores nas costas. O estresse causa a liberação de hormônios que aumentam a percepção da dor, como o cortisol e o adrenocorticotrópico (ACTH). 

Os hormônios do estresse também causam tensão muscular. Os músculos podem ser tão tensionados ao ponto de levar a um doloroso quadro de espasmo muscular. Os músculos das costas e do pescoço são particularmente mais sensíveis aos efeitos do estresse. 

A tensão muscular reduz a circulação sanguínea para os tecidos, desta maneira, reduz a quantidade de oxigênio e nutrientes que deveriam chegar até para eles. A circulação adequada é necessária para liberar resíduos ácidos (bioprodutos da atividade muscular) dos tecidos. O acúmulo deles nos tecidos pode causar fadiga e dor, além de dificultar o processo de cura do organismo. 
Uma pessoa com problemas nas costas, como por exemplo, a cicatriz de uma lesão antiga ou com alterações degenerativas da coluna devido ao envelhecimento, pode observar os efeitos do estresse pela dor nas costas, ainda mais do que alguém com as costas saudáveis. 

A menor tensão muscular pode ser a "gota d'agua". Por exemplo, se os nervos espinhais forem restringidos por tecido cicatricial ou por depósitos de cálcio, podem levar a uma tensão muscular mínima, que comprime os nervos e causam dor. Outro exemplo, é a dor ciática, que pode tornar-se muito maior quando a pessoa se sente estressada. 
"Exercícios simples de alongamento também podem aliviar o estresse e relaxar os músculos tensos"
Sem a devida atenção, um ciclo vicioso para o estresse e para a dor nas costas pode ser facilmente iniciado: O estresse causa tensão muscular nas costas, levando à dor, que por sua vez aumenta a tensão muscular e pode aumentar ainda mais o estresse. 

Quando alguém está sob efeito do estresse, suas costas se tornam menos capazes de tolerar até mesmo a uma leve atividade. Ele faz com que os músculos se tencionem, deixando-os vulneráveis a lesões. Com este quadro, o simples ato de levantar uma caixa leve, por exemplo, pode se tornar quase impossível.  

Reduzindo o estresse

Aliviar o estresse pode reduzir a dor que é agravada ou causada pela tensão muscular. Além disso, gerenciá-lo continuamente também pode ajudar a prevenir a aparição das dores nas costas. 

Terapias como osteopatia, acupuntura e massagens terapêuticas, como o Shiatsu, são muito benéficas para o relaxamento muscular. Elas trabalham o corpo de forma holística, ou seja, reequilibram a circulação e o copo como um todo, levando ao alivio das condições provocadas pelo estresse. Quando realizadas regularmente podem ajudar no controle do estresse e da dor nas costas.  
O controle do estresse é um processo contínuo - como fortalecer os músculos através de exercícios. Portanto, o alívio pode vir através deles. O Pilates reúne movimentos que aumentam a força e a flexibilidade, ao utilizar técnicas de respiração para aliviar o estresse, proporcionando sensação de alívio e bem-estar. 

O exercício aeróbico é outra forma particularmente eficaz para aliviar o estresse, pois queima os hormônios que o causam e aumenta a produção corporal de endorfinas - substâncias químicas que são naturalmente secretadas para aliviar a dor e melhorar o humor. Além disso, exercícios simples de alongamento também podem aliviar o estresse e relaxar os músculos tensos. 

Manter a forma através do exercício e o controle de estresse são importantes no tratamento e prevenção de dores nas costas.