Exames médicos
Uso de suplementação de oxigênio
Como foi dito acima, o uso de suplementação de oxigênio não é um impeditivo para a realização de exercícios físicos. Existem três formas de ofertar oxigênio: através de grandes cilindros, de concentradores de oxigênio - que são ligados na tomada e separam o oxigênio de todos os outros componentes do ar - e do oxigênio líquido, que se transforma em gás para respiração. Tanto os concentradores de oxigênio quanto o oxigênio líquido podem ser portáteis: o primeiro pode funcionar à bateria, com duração média de seis horas, e ser transportado numa maleta, enquanto o oxigênio líquido pode ser levado numa garrafa. O oxigênio chegará ao paciente através de um cateter plástico que sai do recipiente é encaixado no nariz. Ele pode ser retirado quando não for mais necessária a oferta de oxigênio.
Atenção aos sinais e sintomas
Dentre todos os sinais que podem aparecer durante a atividade física o que sempre aparece primeiro é falta de ar. Depois podem surgir cansaço extremo, chiado no peito, tontura e sensação de coração acelerado. Caso isso aconteça com você, o recomendado é parar o exercício e respirar tranquilamente até que se sinta bem novamente. Caso esteja difícil de respirar, a dica é, em vez de soltar o ar pela boca de uma vez só, expirar fazendo bico, como se estivesse soprando. Essa manobra ajuda a fazer com que o ar chegue a todo o pulmão.
Respiração
Quem tem DPOC deve sempre ficar atento à respiração na hora de fazer exercícios físicos, no entanto não é preciso forçá-la a seguir algum padrão, basta fazê-la naturalmente, de maneira confortável e que não falte ar. Mas vale lembrar que a respiração pelo nariz é sempre melhor, pois aquece, umidifica e filtra o ar, mas se você sentir necessidade de respirar pela boca, faça isso, pois pode ser um sinal de que o seu corpo precisa de mais oxigênio. Pacientes que usam cateter nasal com suplementação de oxigenação devem, em toda respiração, puxar o ar pelo nariz, caso contrário não conseguirão todo o oxigênio de que precisam. Caso você sinta falta de ar, além de parar o exercício, solte o ar fazendo bico, como se estivesse soprando, permitindo que o oxigênio chegue a todo o pulmão.
Cuidado com a intensidade
Os portadores de DPOC têm uma restrição funcional que deve ser respeitada na hora de começar a praticar exercícios físicos. Os sistemas respiratório e cardiovascular terão mais dificuldade em fazer que o oxigênio chegue até os músculos, portanto o desempenho sempre será menor em comparação com um indivíduo saudável no mesmo nível de treinamento - a fadiga do músculo acontecerá em menos tempo?. Por isso, as únicas regras quanto à intensidade do exercício é começar sempre de maneira leve e elevar de maneira sutil.
Caminhadas leves de 30 minutos feitas de três a quatro vezes por semana são uma boa forma de iniciar. Mas o ideal é sempre obedecer as recomendações do seu médico sobre a intensidade a ser seguida. A evolução da atividade física dependerá de muitos fatores, como idade, condicionamento físico e estágio da doença, por isso, o recomendado é conversar com o médico ou com o profissional que acompanha os exercícios quando o paciente se sentir apto a progredir a intensidade. Mas a regra geral é jamais fazer essa alteração por conta própria.
Faça pausas
Caso o paciente de DPOC sinta cansaço frequente durante o exercício, pode fazer pausas ou diminuir o ritmo sem maiores problemas. O objetivo do exercício nesse caso é promover qualidade de vida, não gerar qualquer tipo de competitividade. As pausas são uma boa estratégia para que a oxigenação do sangue mantenha-se estável durante a atividade física. Elas devem ser feitas de acordo com a falta de ar, caso ela apareça, o ideal é descansar por um ou dois minutos. Se ela passar, é possível continuar num ritmo mais baixo. Mas se ela persistir ou for muito forte, é importante parar a atividade.
Faça um relatório da atividade
Uma ideia para manter o exercício físico numa intensidade adequada é fazer um relatório sobre a atividade realizada e como o paciente se sentiu durante ela. O ideal é compartilhar esse material com o pneumologista para que ele diga se o paciente está no caminho certo ou se o treino precisa de adaptações. Outra dica é anotar o tempo, a intensidade e o tipo de atividade física, além de pausas e da sua sensação.
Não fique só no exercício aeróbico
Oliver Nascimento explica que a doença pulmonar obstrutiva crônica causa a liberação de mediadores inflamatórios na corrente sanguínea que chegam aos músculos e causam seu enfraquecimento. Para brecar esse efeito danoso, o ideal é fazer exercícios físicos de resistência, como a musculação, por exemplo. Ela ajuda a reverter a perda de massa muscular e de quebra pode melhorar a restrição pulmonar, já que o músculo treinado capta o oxigênio do sangue com mais facilidade. Mas antes de começar esse treino, o paciente deve conversar com o médico e sempre iniciar com exercícios leves.
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